Doações eleitorais de construtora de viaduto subiram para R$ 2 milhões ao vencer licitação

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 07/07/2014

A construtora Cowan, responsável pela execução do projeto do viaduto Guararapes, que desabou em Belo Horizonte mantando duas pessoas e ferindo 23, parece ter se interessado por campanhas eleitorais nos mesmos anos em que venceu licitações em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro para obras de mobilidade urbana.

Prestações de contas no site do Tribunal Superior Eleitoral e relatórios do Transparência Brasil apontam que a Cowan doou apenas R$ 5.000 na campanha de 2004 e R$ 12.600 em 2006. Já em 2010, a construtora mineira aportou R$ 2,3 milhões nas contas de partidos - crescimento de 18.193% em quatro anos.

Nas últimas eleições municipais, em 2012, foram R$ 2,8 milhões, divididos para três partidos.

O PMDB recebeu R$ 1,8 milhão. A empresa também desembolsou R$ 500 mil para o PSDB e outros R$ 500 mil para o caixa do PCdoB. Como as doações foram feitas aos diretórios nacionais, e não diretamente a candidatos, não é possível saber qual político se beneficiou do dinheiro doado pela Cowan.

As datas coincidem com a participação da Cowan em obras como a duplicacação da BR-040, Linha Verde, ampliação do aeroporto de Confins, Gasoduto Vale do Aço, obras da Sabesp e Linha 4 do metrô do Rio, entre outras. Somente as intervenções na Pedro 1º têm custo previsto de R$ 460 milhões.

As obras na avenida eram de responsabilidade do consórcio formado por Cowan e Delta, do empresário Fernando Cavendish. Quando estouraram as relações entre a Delta e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a Prefeitura de BH emitiu nota de pagamento para a Delta sair do negócio, para que a Cowan pudesse continuar os trabalhos. Na época, a PBH garantiu que os serviços seriam concluídos normalmente.

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