Bruno agora põe em dúvida paternidade de filho de Eliza Samudio

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 05/06/2014
Bruno agora põe em dúvida paternidade de filho de Eliza Samudio

BELO HORIZONTE, MG - Um ano e três meses após ser condenado a mais de 22 anos de prisão pelo assassinato da sua ex-amante Eliza Samudio, o ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza coloca em dúvida agora se é realmente o pai do menino Bruninho, fato que o próprio jogador havia admitido em juízo.

O advogado Francisco Simim, que defende o goleiro, disse que nunca houve um exame de DNA que comprovasse a paternidade e, por esse motivo, ele vai dar entrada na próxima semana, na Justiça do Rio, com uma "ação rescisória", pela qual pretende anular o decreto judicial que coloca Bruno como pai de Bruninho.

Segundo o advogado, o reconhecimento da paternidade se deu por "presunção", tendo a Justiça do Rio, então, decretado o fato.

Questionado pela reportagem se Bruno, então, mentiu nos seus interrogatórios na Justiça em Minas, o advogado disse: "O Bruno não mentiu, não. Ele só entendeu que devia falar pensando em um possível benefício para ele. Ele falou que era, mas não é. Ele não pode produzir prova contra ele, não".

De acordo com o defensor, na ação de rescisão poderá ser feito um pedido de exame de DNA, tanto por ele quanto pela parte da família de Eliza.

"Os outros advogados do Bruno nunca se preocuparam em esclarecer isso. Eu me preocupo", afirmou Simim, que diz que Bruno não tem depositado pensão para Bruninho porque ele está preso e não tem como pagar.

Nos seus interrogatórios durante o julgamento, Bruno chegou a declarar que iria trabalhar na prisão e que, com parte do que recebesse, mesmo sendo pouco, pagaria a pensão das suas duas filhas com Dayanne Souza e do filho, segundo o próprio goleiro, com Eliza Samudio.

Bruno chegou a falar no tribunal das semelhanças físicas com o menino.

Foi por causa de Bruninho que o crime aconteceu. Eliza queria que Bruno reconhecesse o filho e pagasse pensão.

O ex-goleiro do Flamengo, que recebia mensalmente cerca de R$ 300 mil em 2010, se negou a reconhecer o filho como seu e mandou sequestrá-la, encarcerá-la e matá-la, conforme a denúncia que culminou na sua condenação.

Hoje com quatro anos, Bruninho vive com a avó materna, Sônia de Fátima Moura, em Campo Grande (MS). A reportagem não conseguiu localizá-la.