Novos protestos fecham as avenida Paulista e 23 de Maio em SP

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 15/05/2014

SÃO PAULO, SP - Manifestações voltaram a fechar as avenidas Paulista e 23 de Maio na noite desta quinta-feira (15) em atos contra a Copa e pelo reajuste salarial dos professores municipais. Pela manhã, já havia ocorrido uma onda de protestos pela cidade, que fechou vias e complicou o trânsito em diferentes pontos da capital paulista.

A avenida Paulista foi fechada ainda no final da tarde, na altura da praça do Ciclista, próximo à rua da Consolação. Segundo a Polícia Militar, 1.200 pessoas se reuniram no local e fecharam os dois sentidos da via em mais um ato anti-Copa. Por volta das 19h, eles iniciaram a passeata, fechando também a rua da Consolação, no sentido centro.

Entre os manifestantes há, além dos Coordenadores pelo Comitê Popular da Copa, os militantes do Junto (juventude do PSOL) e os integrantes do movimento "Se não tiver direitos não tem Copa". Há também alguns jovens integrantes do MPL (movimento do Passe Livre) e "black blocs".

Outro grupo presente é o Território Livre, grupo que pede o cancelamento da Copa. A principal bandeira desses militantes, formados por jovens universitários, é o fim da repressão policial e melhorias de vida para a juventude. O pré-candidato do PSOL à presidência, senador Randolfe Rodrigues (AP), participa do ato com o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).

O protesto é acompanhado por cerca de 500 policiais militares, segundo o major Ivan Pieslak.


PROFESSORES

Outras 8.000 pessoas, segundo estimativa da PM, caminham pela 23 de Maio. Esse ato reúne professores municipais, que estão em greve desde 23 de abril. O grupo protestou no início da tarde na frente da Secretaria Municipal de Educação e, sem acordo, iniciou passeata em direção à prefeitura, na região central.

Os profissionais de educação pedem incorporação imediata do abono de 15,38% anunciado pelo governo. Além disso, a categoria pede que a prefeitura responda às demais reivindicações que incluem melhores condições de trabalho, fim das terceirizações, não implementação do Sistema de Gestão Pedagógica, entre outros.

Segundo o Sinpeem, maior sindicato da educação municipal, a prefeitura aceita discutir a incorporação apenas a partir de 2015, o que a categoria rejeita. Na semana passada, os professores chegaram a propor à administração municipal a incorporação escalonada começando agora e terminando em 2015, mas a proposta foi negada.

A prefeitura diz não ter recursos para a incorporação neste ano. O projeto de bônus de 15,38% ao piso, anunciado na semana passada pela prefeitura, prevê a incorporar do percentual aos salários a partir de 2015, de forma escalonada e sem definir a forma como ocorrerá.