Supermãe’ de Apucarana tem 20 filhos biológicos

Autor: Da Redação,
domingo, 11/05/2014
Ana Célis Caldeira

Tive a sorte e a bênção de Deus de ter filhos ótimos, que não nos deram trabalho”
Ana Célis Crisol Caldeira, a “supermãe”

Criar um filho não é fácil. São muitas horas dedicadas à educação, cuidado, proteção, várias noites sem dormir e tantos dias inteiramente voltados para a criação da criança, até que ela se torne capaz de ‘andar com as próprias pernas’. E o que dizer então de quem teve 20 filhos? Esta é a história de Ana Célis Crisol Caldeira, uma supermãe que é exemplo de dedicação.


Dona Ana, de 80 anos, viveu na zona rural de Arapongas durante boa parte da vida. Foi no sítio que ela, juntamente com o marido Hilário Caldeira, de 84 anos, criou a maioria dos filhos. Dos 20, 18 nasceram no município. Um deles nasceu em São Paulo, onde a família morou por alguns meses na década de 60. Já a caçula nasceu em Apucarana, onde a maioria mora atualmente. Somando todas as gestações, dona Ana ficou grávida por 15 anos.
“Sempre fomos muito humildes, mas nunca nos faltou nada. Dou graças a Deus por nenhum dos filhos ter tido qualquer problema de saúde. Todos estão bem, vivos e próximos de mim. É uma felicidade e um orgulho muito grandes”, diz ela.


Ao todo, 18 filhos moram em Apucarana, e dois vivem em Arapongas. “Sempre nos reunimos. É fácil juntar todo mundo. Nossa família é bem unida”, afirma ela, que tem 46 netos e 20 bisnetos.


Ela conta ainda que, apesar do grande número de filhos, não teve grande trabalho para criá-los. “Muitos acham que foi difícil, mas não foi. Tive a sorte e a bênção de Deus de ter filhos ótimos, que não nos deram trabalho”.


Ana Célis pode se orgulhar de ter uma memória privilegiada. Ela lembra dos aniversários dos filhos sem titubear. No total foram 11 homens e nove mulheres. Os homens, inclusive, montaram um time de futebol, sendo treinados pelo pai e vencendo campeonatos amadores na região.
“Minha filha mais nova tem 36 anos e o mais velho tem 60. Todos os dias, pelo menos um deles passa por aqui. Todo almoço de domingo é com um deles. Nunca fico muito tempo sem ver todos e isso me dá uma alegria e satisfação imensas”, conta Ana Célis.


O marido Hilário afirma que tem na esposa um motivo de felicidade. “Ela sempre foi uma grande companheira e um orgulho imenso para mim”, diz ele, que confessa que ela é imprescindível. “Ainda mais agora que a memória começa a falhar. Ela é fundamental”.


Gabriel Caldeira reconhece que havia uma “concorrência” por atenção entre os filhos, mas destaca que todos recebiam o mesmo carinho da mãe. “Nunca tivemos problemas de saúde por causa dela, que era rígida e sempre cuidava de nós”, assinala.