Ribeirão Bonito vive surto da doença e corre risco de epidemia

RIBEIRÃO PRETO, SP, 1 de abril (Folhapress) - O município de Ribeirão Bonito (262 km de São Paulo) está com surto de dengue.

O número de casos confirmados nos três primeiros meses deste ano já é maior do que todo o acumulado em 2013. São 33 até agora, ante 32 nos 12 meses do ano passado.

Segundo a supervisora do controle de vetores do município, Elaine Cristina de Melo, há risco de epidemia.

"Temos mais de 60 notificações de casos suspeitos aguardando confirmação", afirmou.

A Prefeitura de Ribeirão Bonito contratou mais agentes de controle de vetores na semana passada para tentar controlar a situação.

As equipes estão nebulizando pontos da cidade com veneno contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Na região de Ribeirão Preto, a cidade de Boa Esperança do Sul (301 km de São Paulo) apresenta o maior número de casos desde o começo do ano. Até agora, foram 253 confirmados, além de dois casos de dengue hemorrágica. O total de 2013 foi 254 casos.

Região

A doença avança na região mesmo com verão seco, sem chuvas, que dificultou a proliferação do mosquito transmissor da doença.

Entre os quatro maiores municípios da região de Ribeirão, Araraquara (273 km de São Paulo) é a situação mais preocupante, com 83 confirmações.

São Carlos (232 km de São Paulo) tem 20 casos confirmados. A cidade de Franca (400 km de São Paulo) é exceção, com apenas um caso.

Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) e Jaboticabal (342 km) são as cidades com mais risco de ocorrência de dengue entre as mais populosas da região.

Apesar do número de casos ser pequeno, em comparação aos números do ano passado, ainda há risco de epidemia.

Os municípios atingiram índices de 4,9 e 4,7, respectivamente, no Liraa (Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti), que mede a infestação de larvas do mosquito em imóveis.

Esses índices são considerados de risco, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 18 de março.

Com índice até 1 a condição é satisfatória. De 1 até 3,9 o estado é de alerta e a partir de 4 já há risco de surto.