Síria-Conflito - (Atualizada)

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 27/05/2013

França repete ver indícios de uso de armas químicas no país




SÃO PAULO, SP, 27 de maio (Folhapress) - O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, repetiu hoje que há "suspeitas crescentes" do uso de armas químicas na Síria, antes de acrescentar que ainda é necessária investigação.

O país pressiona os aliados na União Europeia (UE), reunidos em Bruxelas, a derrubar um embargo do bloco e permitir a transferência de armas aos rebeldes sírios.

Fabius deu as declarações depois que o jornal francês "Le Monde" disse ter relatos de que forças leais ao ditador sírio, Bashar al-Assad, usaram reiteradamente armas químicas contra os rebeldes que lutam há mais de dois anos para derrubá-lo, em Damasco.

Os rebeldes, de maioria sunita, lutam há mais de dois anos para derrubar o ditador Bashar al-Assad, que é alauita -uma vertente ligada aos xiitas.

O Reino Unido também apoia a provisão de armas aos rebeldes.

O chanceler britânico, William Hague, chegou a dizer que cada país europeu pode ter as próprias sanções caso não se alcance um acordo geral.

Essa hipótese de armar a oposição também foi respaldada pelo ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo. Maior economia da região, a Alemanha concorda com o fim do embargo, embora afirma que vá defender uma posição comum de todo o bloco. Os principais opositores da medida são a Áustria e os países nórdicos, como a Dinamarca, a Suécia e a Finlândia.

Os europeus precisam tomar uma decisão sobre os embargos à Síria até sexta (31), quando acabam as resoluções que regulamentam as sanções vigentes.

Conferência

Os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) realizam em junho uma conferência sobre a Síria, em Genebra.

Amanhã, em Paris, Fabius onde se reunirá com os colegas russo e americano, Serguei Lavrov e John Kerry, respectivamente, para preparar a conferência em Genebra, impulsionada por Moscou e Washington. O Irã realiza em Teerã, no dia seguinte, uma outra reunião de preparação para a conferência.

O governo francês se opõe à participação do Irã na conferência, chamada de "Genebra 2". Diferentemente da Rússia, que também quer a participação da Arábia Saudita.