Ministério autoriza recursos para combate à gripe em São Paulo

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 17/05/2013





SÃO PAULO, SP, 17 de maio (Folhapress) - Uma portaria do Ministério da Saúde publicada hoje no Diário Oficial da União estabelece recursos para ações de média e alta complexidade destinadas ao combate à gripe no Estado de São Paulo. As informações são da Agência Brasil.

De acordo com a publicação, foi considerada a necessidade de organização dos serviços ambulatoriais e hospitalares no combate à doença, tendo como base informações epidemiológicas fornecidas pela Secretaria Estadual da Saúde.

O montante de recursos estabelecido é R$ 12,7 milhões. Segundo o ministério, o Estado deverá programar e pactuar, em conjunto com os municípios, a distribuição dos recursos, de acordo com a situação epidemiológica prevista ou detectada.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo prorrogou a campanha de vacinação contra a gripe até hoje. A campanha, que começou no dia 15 de abril, já havia sido prorrogada por duas vezes. Segundo a secretaria, a campanha no Estado deve ser encerrada hoje, mas ressalta que todos os municípios que não atingiram as suas metas têm autonomia para continuar a campanha de vacinação.

Fazem parte do grupo prioritário idosos com mais de 60 anos, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, gestantes, mulheres no período de até 45 dias após o parto (em puerpério), pessoas privadas de liberdade, profissionais de saúde, além das pessoas que têm doenças crônicas do pulmão, coração, fígado, rim, diabetes, imunossupressão e transplantados.

Além de imunizar a população contra a gripe A H1N1, tipo que se disseminou pelo mundo na pandemia de 2009, a campanha também quer imunizar a população contra outros dois tipos do vírus influenza: influenza A H3N2 e B.

O secretário de vigilância em saúde do ministério, Jarbas Barbosa, alerta para a necessidade de as pessoas buscarem a vacina logo, já que dificilmente ela estará disponível após o fim da campanha. Além disso, diz, a vacina leva até um mês para garantir a máxima proteção contra o vírus, que circula mais a partir de junho. "Agora é o momento", explica o secretário.

Prevenção

Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global. Entre os idosos, pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de hospitalização e morte em cerca de 50% a 68%, respectivamente.

A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da OMS, e é respaldada por estudos epidemiológicos e na observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.