5 homens e 2 mulheres estão no júri do caso PC Farias

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 06/05/2013
5 homens e 2 mulheres estão no júri do caso PC Farias

Cinco homens e duas mulheres foram os escolhidos para compor o Conselho de Sentença do júri popular dos quatro policiais militares acusados de duplo homicídio pelas mortes de Paulo César Farias, o PC Farias, e da namorada dele, Suzana Marcolino.

O julgamento, presidido pelo magistrado Maurício Breda, começou às 13h51 desta segunda-feira (6) e acontece na sala do Tribunal do Júri do Fórum de Maceió quase 17 anos após a morte do casal, em uma casa de praia em Guaxuma, em Alagoas.

Enfrentam o banco dos réus os seguranças de PC Farias: Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva. Todos os réus respondem em liberdade.

Os jurados, a partir do início do júri, ficam incomunicáveis. Não podem fazer nenhuma pergunta no plenário, a não ser por escrito ao juiz, que autoriza o questionamento.

Cada jurado recebeu um relatório com um resumo do caso antes do início do depoimento da primeira testemunha.


Entenda o caso
PC Farias foi tesoureiro de campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1989 e, à época do assassinato, respondia em liberdade condicional a diversos processos, entre eles sonegação fiscal, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. Ele foi encontrado morto ao lado da namorada na casa de praia de sua propriedade.

Os PMs que o encontraram eram responsáveis pela segurança particular de PC Farias. Segundo a Promotoria, eles agiram por omissão, porque estavam presentes na cena do crime, mas relataram não ter ouvido os tiros e não impediram as mortes.

“Não houve um suicídio. Se não houve suicídio, alguém a matou”, afirmou ao G1 o promotor do caso, que pedirá aos jurados a condenação dos seguranças pela omissão. Caso a tese seja aceita, as penas de cada homicídio serão somadas para cada um dos réus.

Laudos divergentes
Inicialmente, a morte foi investigada como crime passional. Perícia preliminar do legista Badan Palhares, então da Universidade de Campinas (Unicamp), apontou que Suzana teria assassinado o namorado por ciúmes e depois se suicidado. Esta também foi a tese alegada pelos PMs.

Depois que o legista George Sanguinetti, em uma perícia paralela, contestou o suicídio, uma equipe de peritos forneceu à polícia um novo laudo que derrubou a tese devido à trajetória dos tiros e concluiu que houve duplo homicídio.

As informações são do G1