Bombeiros mantêm buscas a vítimas de deslizamentos

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 12/04/2010
Bombeiros retiram corpo de vítima de deslizamento no morro do Bumba, em Niterói; chuvas matam 229 no Estado

Equipes dos bombeiros mantêm as buscas às vítimas dos deslizamentos de terra provocados pela chuva que atingiu o Estado do Rio na última semana. Até o final da noite deste domingo, 229 mortes haviam sido confirmadas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, as buscas no morro dos Prazeres, no Rio, e no morro do Bumba, em Niterói, continuam também à noite. Em outras localidades, os trabalhos são suspensos durante a madrugada.

Niterói é o município com maior número de mortos: 146 --desses, 36 foram retirados do morro do Bumba. As outras mortes ocorreram na cidade do Rio (63), em São Gonçalo (16), em Petrópolis (1), na região de Paracambi (1), em Magé (1) e em Nilópolis (1).

Previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) para esta segunda-feira é de céu entre nublado e parcialmente nublado, com chuva isolada no Estado.

Corcovado

Neste domingo, a Defesa Civil informou que o bondinho do Corcovado foi interditado em função da instabilidade constatada na região.

Segundo o órgão, a Geo-Rio (Fundação Instituto de Geotécnica do Rio) vai realizar uma vistoria no Corcovado nesta segunda (12).

Donativos

Os apelos por donativos para as vítimas das enchentes no Rio estão sendo ouvidos e as centenas de postos de arrecadação espalhados no estado não param de receber roupas e mantimentos, entre outras doações.

Na sede da Cruz Vermelha, no centro da capital, pessoas chegam a todo momento e não falta trabalho para os mais de 300 voluntários que se revezam no local.

O presidente da filial da Cruz Vermelha no Rio, Luiz Alberto Sampaio, agradeceu à população, mas pediu que as pessoas deem prioridade neste momento à doação de alimentos não perecíveis, produtos de higiene e limpeza, pratos e talheres.

"A comunidade está respondendo muito bem a esse apelo e nesses últimos três dias já doamos mais de 15 mil cestas básicas, mas pedimos que as pessoas deixem as roupas em casa para uma próxima oportunidade, pois no momento já temos bastante. Os materiais de limpeza e alimentos são as maiores demandas agora".

Sampaio disse que todas as áreas afetadas estão recebendo o auxílio da Cruz Vermelha, com o apoio da prefeitura, que seleciona as comunidades como desabrigados e desalojados. "Fazemos sempre questão de deixar o donativo o mais próximo possível do beneficiado, de preferência na mão dele".