Sentença do casal Nardoni só deve sair à noite

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 26/03/2010
Alexandre Nardoni, quando chegava ao fórum de Santana

O quinto e provável último dia de julgamento do caso Isabella, previsto para começar às 9h desta sexta-feira (26), será tomado pelos debates entre a acusação feita pelo promotor Francisco Cembranelli e a defesa do advogado Roberto Podval. Antes disso, porém, pode haver leitura de alguns trechos do processo.

O enfrentamento começa com a fala do promotor que vai pedir a condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá pela morte da menina Isabella, de cinco anos, em março de 2008. Cembranelli poderá defender sua tese por duas horas e meia.

Em seguida, é a vez de Podval, que defende os Nardoni. O advogado, que poderá usar o mesmo tempo, deve questionar o laudo da polícia e criticar as investigações. Para a defesa, a polícia não apurou a hipótese de uma terceira pessoa ter matado Isabella.

Na noite de quinta-feira (25), o defensor afirmou que as chances de vitórias são pequenas, mas que ele faria seu trabalho com dignidade. Para Podval, o casal já entrou naquele júri condenado pela sociedade.

Após a exposição da defesa, se quiser, Cembranelli pode pedir réplica, de duas horas. E, se isso acontecer, a defesa tem direito a uma tréplica, também de duas horas. A fase de debates pode durar até nove horas, se esgotadas todas as possibilidades.

Depois disso, é a hora de os jurados decidirem sobre o veredicto (absolvição ou condenação). Os sete jurados se reunirão com o juiz, promotor e advogados na chamada sala secreta. Se houver condenação, o tempo da pena será determinado pelo juiz Maurício Fossen.

Saiba o que acontece com os Nardoni depois que eles souberem se são culpados ou inocentes

Contradições

O quarto dia do julgamento foi marcado por contradições entre as versões apresentadas pelos réus à polícia e diante dos jurados. Além disso, houve também alguns pontos diferentes no depoimento de Anna Jatobá e Alexandre Nardoni.

Ao longo dos interrogatórios, os dois afirmaram que não jogaram a menina Isabella pela janela.