Obama insiste na necessidade de aprovar plano para criação de empregos

Autor: Da Redação,
sábado, 17/09/2011
Obama insiste na necessidade de aprovar plano para criação de empregos

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, insistiu neste sábado que seu plano para a criação de empregos precisa ser aprovado o mais rápido possível pelo Congresso, ao lembrar que há três anos começou a crise financeira "que tornou as coisas muito mais difíceis para as pessoas trabalhadoras".

"Sei que alguns prefeririam esperar outro ano para ir a uma eleição do que trabalhar juntos agora mesmo. Mas a maioria dos americanos não pode dar-se o luxo de esperar", ressaltou Obama em sua tradicional mensagem dos sábados. Assim como fez durante os últimos dias em uma pequena viagem por vários estados do país, o presidente americano afirmou que seu plano, avaliado em US$ 447 bilhões, "põe mais gente para trabalhar outra vez e mais dinheiro nos bolsos das pessoas que estão trabalhando", em um momento no qual o índice de desemprego soma 9,1%.

Esse plano "reduzirá os impostos para todo trabalhador e toda pequena empresa no país", segundo Obama. Como o projeto necessita do sinal verde do Congresso, a Casa Branca o dotou de elementos que podem agradar aos dois partidos.

Os cortes de impostos buscam contentar os republicanos, enquanto as iniciativas de "viés democrata" têm a ver com extensões dos subsídios ao desemprego e dotações para contratar novamente professores demitidos por falta de fundos.

Está previsto também o investimento em infraestrutura, incluindo a reabilitação de imóveis vazios ou submetidos a execução hipotecária.

No entanto, Obama ressaltou que todos os americanos devem pagar "sua contribuição justa", em alusão a sua intenção de aumentar os impostos para as rendas mais altas, algo a que se opõem os republicanos.

Na próxima segunda-feira, Obama apresentará ao Congresso as propostas para financiar seu plano e para reduzir o déficit fiscal.

A resposta republicana ao discurso do presidente veio desta vez do congressista Peter Roskam, que disse em comunicado que os proprietários de pequenos negócios "estão brigando dia a dia para criar e inovar, mas continuam enfrentando barreiras governamentais para gerar empregos".

Para Roskam, o problema está na "insustentável dívida do país, a constante ameaça do aumento de impostos e as regulações excessivas".