A fase não está nada boa para o Flamengo. Após nova derrota na temporada, desta vez por 3 a 2 para o Grêmio em Porto Alegre, pelo Brasileirão, a paciência da torcida parece ter chegado ao fim e os muros da Gávea, no Rio de Janeiro, amanheceram pichados com pedido de demissão do treinador e ameaçando os jogadores de "porrada."
São três partidas seguidas sem vitórias, com empate cedido ao rival Vasco no fim, por 1 a 1, a derrota no Maracanã diante do Peñarol, por 1 a 0, na ida das quartas de final da Copa Libertadores, e o revés com reservas diante dos gaúchos.
Além dos resultados ruins, a revolta dos flamenguistas vem pelas apresentações ruins do grupo. Tite sabe que precisa dar uma resposta no Uruguai, quinta-feira, na volta contra o Peñarol, senão sua situação ficará insustentável.
"Salário em dia, porrada em falta!" e "Fora Tite"", foram as pichações desta madrugada na Gávea. O treinador já havia sido bastante xingado no jogo de ida da Libertadores e afora volta a ser alvo da impaciente torcida, revoltada com a queda de produção. No Brasileirão, são 11 pontos do líder, enquanto a equipe está na semifinal da Copa do Brasil e ainda com chances na Libertadores.
Tite justificou que diante do Grêmio, o resultado foi injusto. Disse que "os gaúchos venceram e o Flamengo jogou bola", para justificar novo tropeço, dessa vez por 3 a 2. Como poupou todos os titulares, terá a chance de redenção ao quebrar o embalo dos uruguaios em Montevidéu e avançar às semifinais da Libertadores.
O técnico sabe, contudo, que precisa de resposta rápida se quiser permanecer no Flamengo. Ele reconheceu que para ficar em clube grande, a resposta dos treinadores é "ganhando algo grande." Se recuperar na Libertadores parece sua principal saída.