O São Paulo encontrou em Campinas, no Moisés Lucarelli, sua primeira derrota na temporada. Depois de quatro vitórias e dois empates, um deles com o Palmeiras, em jogo que acabou com triunfo nos pênaltis e título da Supercopa do Brasil, o time tricolor sofreu um golaço de Gabriel Risso neste sábado e perdeu por 2 a 0 para a Ponte Preta, em jogo da sétima rodada do Campeonato Paulista.
Estacionada nos 13 pontos, a equipe comandada por Thiago Carpini vê a disputa dentro do Grupo D ficar mais acirrada, mas tem ao seu favor o fato de ter um jogo a menos, já que a partida com a Inter de Limeira, pela quinta rodada, foi adiada em razão da Supercopa. O duelo acontece apenas no dia 28 de fevereiro. A Ponte Preta está no segundo lugar do Grupo B, com 12 pontos.
Os são-paulinos se depararam com um forte calor em Campinas, e Thiago Carpini teve que lidar com um incômodo além da temperatura, pois foi bastante hostilizado por torcedores ponte-pretanos. Embora tenha atuado como jogador na Ponte, o treinador tricolor tem mais identificação com o rival Guarani, no qual trabalhou como atleta e treinador, por isso os xingamentos. Depois de poupar boa parte dos titulares na vitória por 3 a 0 sobre o Água Santa, Carpini voltou a utilizar a escalação principal, ainda sem nomes importantes como Lucas e Rafinha, lesionados.
Durante a primeira metade da etapa inicial, os supercampeões do Brasil não fizeram muito mais do que trocar passes, algumas vezes errando tentativas de invertidas ou enfiadas. Finalizações vieram apenas de fora da área e mal executadas. O sentimento mais relevante ao torcedor são-paulino neste período foi a preocupação, primeiro com Galoppo, que começou a mancar após receber uma pancada, e, em seguida, com Wellington Rato, substituído por Erick após cair no chão sentindo dores. O mesmo se deu com Emerson Santos, da Ponte, trocado por Léo Naldi.
Mais perto do fim do primeiro tempo, a Ponte mostrou-se muito acuada e permitiu maior presença tricolor em seu campo. Mesmo assim, o São Paulo não foi capaz de ampliar a produção de lances ofensivos e continuou com muita dificuldade de encontrar boas soluções no último terço. A melhor chance de tirar o zero do placar veio na bola parada, quando Galoppo bateu falta e acertou a rede pelo lado de fora.
As dores que incomodavam Galoppo o impediram de voltar para o segundo tempo, por isso Ferreira foi colocado no jogo. O início da etapa final foi de mais intensidade do São Paulo, que encontrou mais espaços e passou a levar perigo ao gol, como em um chute de Calleri, dentro da área, defendido pelo goleiro Pedro Rocha. Quem serviu o argentino neste lance foi Erick, que entrou bem no lugar de Rato e criou outras jogadas interessantes.
A evolução tricolor no ataque foi acompanhada por um pouco de inconsistência na defesa, o que dava à Ponte algumas oportunidades de levar sustos a Rafael, mas a maioria das chances não eram bem aproveitadas. Até que, aos 29 minutos, a bola sobrou na entrada da área após cobrança de escanteio e Gabriel Risso, sem muito ângulo, soltou a bomba para vencer o goleiro são-paulino.
O São Paulo continuou com dificuldades em criar jogadas e, quando teve uma chance melhor, um impedimento de Luciano invalidou tudo. Então, uma bola perdida no meio de campo teve como desfecho final o segundo gol da Ponte Preta, marcado por Renato, aos 47 minutos.
FIHCA TÉCNICA
PONTE PRETA 1 x 0 SÃO PAULO
PONTE PRETA - Pedro Rocha; Haquín, Castro e Nilson Junior; Igor Inocêncio, Ramon Carvalho (Wesley Fraga), Emerson Santos (Léo Naldi), Elvis (Dudu) e Gabriel Risso; Dodô (Gabriel Novaes) e Iago Dias (Renato). Técnico: João Brigatti.
SÃO PAULO - Rafael; Moreira, Arboleda, Diego Costa e Welington; Luiz Gustavo (Bobadilla), Pablo Maia (Juan), Wellington Rato (Erick) e Galoppo (Ferreira); Luciano e Calleri. Técnico: Thiago Carpini.
GOLS - Gabriel Risso, aos 29, e Renato, aos 47 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO - Fabiano Monteiro dos Santos.
CARTÕES AMARELOS - Galoppo, Arboleda e Diego Costa (São Paulo) e Dudu (Ponte Preta).
RENDA - R$ 267.530,00.
PÚBLICO - 11.451 pessoas.
LOCAL - Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.