São Paulo e Milan protagonizaram uma verdadeira festa neste sábado, no Morumbi. Em homenagem aos 30 anos do segundo título mundial do clube tricolor, conquistado com uma vitória por 3 a 2 sobre os milanistas, lendas das duas equipes se enfrentaram em jogo festivo que despertou muitas memórias afetivas de 1993. Assim como há três décadas, os são-paulinos levaram a melhor, desta vez com uma vitória por 4 a 1.
O estádio do São Paulo explodiu em alegria quando os ídolos subiram ao gramado, especialmente aqueles que participaram da conquista de 93. Raí e Muller foram confirmados de última hora. Kaká, ídolo absoluto dos dois times, jogou um pouco de cada lado, assim como Cafu e Serginho. Também marcaram presença nomes como Amoroso, Aloísio Chulapa, Josué, Júnior, Dodô, Hernandes, Richarlyson, Válber, Palhinha, entre outros. O esquadrão foi liderado pelo lendário Dario Pereira.
Rogério Ceni, considerado por muitos como o maior ídolo da história do São Paulo, foi ausência. O técnico do Bahia atualmente está na Inglaterra fazendo um intercâmbio com o Grupo City. Do lado do Milan, o time tinha estrelas como o goleiro Dida e o meia holandês Seedorf.
O primeiro gol da partida contou com bela jogada de Kaká pela direita. O craque cruzou na linha de fundo e, após falha de Dida, Válber abriu o placar. O jogo dos cinquentões foi lento, como a idade permite. Porém, Ricardo Oliveira, que também já vestiu a camisa dos dois times, descontou para os milaneses. Ele venceu a zaga são-paulina na corrida, saiu cara a cara com Marcão, e não perdoou.
No segundo tempo, o São Paulo voltou a ficar na frente com hat trick de Dodô. Com uma jogada digna de dois craques, Dodô tabelou com Amoroso dentro da área e saiu livre para ampliar sem dificuldades, como nos velhos tempos. Richarlyson entrou e cruzou pela direita para Dodô marcar mais uma vez, agora de cabeça. O terceiro veio depois de um passe de Elivélton. Para completar a festa, Zetti foi a campo para delírio dos torcedores.
Era muito ídolos juntos. Muitos atletas se emocionaram, alguns choraram abraçados. Aloísio Chulapa, abraçado ao seu filho, Rogério Ceni (em homenagem ao goleiro que tanto chamou de "patrão"), não se conteve quando ouviu seu nome ser gritado pelos milhares de torcedores.