Ruanda oficializa candidatura e África pode voltar ao calendário da F-1

Autor: (via Agência Estado),
sábado, 14/12/2024

Ruanda oficializa candidatura e África pode voltar ao calendário da F-1

O continente africano pode voltar a receber uma corrida de Fórmula 1, o que não acontece há 31 anos. A Ruanda anunciou sua candidatura para fazer parte do calendário da principal competição automobilística do mundo durante a cerimônia de premiação da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), realizada nesta sexta-feira, na capital, Kigali.

"Ruanda está concorrendo para trazer a emoção das corridas de volta à África, sediando um grande prêmio de Fórmula 1. Agradeço muito a Stefano Domenicali (presidente da categoria) e a toda a equipe da F1 pelo bom andamento das nossas conversas até agora. Garanto que estamos encarando essa oportunidade com a seriedade e o compromisso que ela merece", disse o presidente do país, Paul Kagame.

Além do presidente de Ruanda, estiveram presentes no evento Mohammed Ben Sulayem, mandatário da FIA, e Richard Nyirishema, ministro do esportes do país, que tem a África do Sul também interessada em fazer parte do calendário, a partir de 2027.

"Estar aqui em Ruanda para um momento tão importante no calendário da FIA é uma prova da força desta nação, em particular sua crescente influência no automobilismo. Estamos alinhados em nossos valores e objetivos compartilhados em setores-chave como inovação e sustentabilidade. Estou ansioso por nossa parceria contínua, o futuro do automobilismo na África é brilhante", afirmou Sulayem.

Ruanda tem o ex-piloto de F-1, o austríaco Alexander Wurz, trabalhando na projeção do circuito, que seria construído em Kigali, próximo do aeroporto planejado de Bugesera. A pista promete ser bastante rápida ao lado de uma bela paisagem com florestas e lago. 

Os próprios pilotos são a favor da inclusão do continente africano no calendário da F-1, dentre eles, Lewis Hamilton e Max Verstappen, que esteve em Ruanda para a realização de um 'trabalho comunitário', através de uma punição imposta pela FIA, e para receber a premiação por ter sido tetracampeão da categoria.

A última corrida de F-1 no continente ocorreu em 1993, em Kyalami, na África do Sul, que teve o francês Alain Prost, com sua Williams, como vencedor. Ele, inclusive, foi o campeão da temporada, à frente do brasileiro Ayrton Senna.