Rodrygo minimiza pressão na seleção e Yan Couto diz que ainda busca reconhecimento

Autor: (via Agência Estado),
sábado, 14/10/2023

O empate por 1 a 1 com a Venezuela, na Arena Pantanal, na quinta-feira, aumentou a pressão sobre a seleção brasileira. O atacante Rodrygo concedeu entrevista coletiva neste sábado e não conseguiu fugir dos questionamentos. O atleta, no entanto, não vê motivos para preocupação.

"De fora para dentro, não pesa muito, é uma distorção, a gente fica p... da vida. Tem jogos que não jogou bem e acabou ganhando. Tem jogo que vai bem e toma empate. O futebol é uma coisa que não tem explicação, mas todo mundo sabe o que tem que fazer, tem a cabeça boa. A gente não se conforma com isso e não quer que isso volte a acontecer. É dominar e matar o jogo, não dominar e dar brecha para o adversário empatar com um gol de bicicleta", afirmou.

Rodrygo também comentou sobre o episódio envolvendo Neymar, atingido por um saco de pipocas ao fim daquela partida, e o defendeu de críticas. "Como vocês sabem, é uma pressão grande, mas a gente lida de uma forma tranquila, porque está acostumado. Vestimos a camisa da maior seleção do mundo, mas também jogamos nos maiores clubes do mundo, lá tem pressão quarta e domingo", afirmou.

"Esse episódio do Neymar é um caso isolado, um torcedor que não representa o restante da torcida, recebemos carinho. Por mais que sempre falem mal dele, a gente que convive de perto sabe que ele é totalmente diferente dessa imagem que algumas pessoas têm dele. Eu fico triste de ver certos comentários, ele me ajuda muito", disse.

O atacante destacou ainda sua polivalência, postura elogiada pelo técnico Fernando Diniz. "É sempre importante você conseguir fazer muitas funções, sempre deixei claro essa facilidade que tenho para jogar nas pontas, só não gosto de jogar de 9, no clube estou tendo que fazer. Aqui na seleção, posso cair por todos os lados do campo, isso tem ajudado meu jogo, é importante fazer todas, isso aumenta suas chances de não ser substituído. É importante para mim", afirmou.

Sobre o próximo compromisso da equipe, contra o Uruguai, na terça-feira, às 21h, em Montevidéu, Rodrygo projetou um duelo equilibrado. "Aberta nenhuma seleção no mundo vai jogar contra a gente. Acredito que eles vão pressionar, jogar como o jogo pedir. Eles têm uma seleção boa, que está se renovando agora, tem bons nomes jogando no mundo todo. Temos que tomar cuidado, minimizar os erros e ser mortal, isso será fundamental para vencer o jogo", disse.

EM BUSCA DO RECONHECIMENTO

Outro jogador a conversar com a imprensa neste sábado foi Já Yan Couto. O lateral-direito do Girona foi chamado de última hora por Diniz após seguidas baixas no elenco inicial por lesão. Ele foi convocado após corte de Vanderson e poderá ser titular pela primeira vez na quinta, graças à lesão de Danilo.

"Sou brasileiro, me identifico com o povo, tenho passaporte português, mas nunca pensei em jogar lá. Gostaria que o povo brasileiro me reconhecesse mais, tivesse esse laço mais íntimo. Espero começar a construir isso agora, para ter uma trajetória na seleção. Estou muito feliz pela minha estreia, é um sonho estar aqui. Estrear pela seleção era meu objetivo principal da carreira, se Deus quiser vou continuar aqui. Deixo para o Diniz decidir, o que ele me orientar eu vou fazer. A gente está se preparando para fazer um grande jogo e sair com a vitória", disse.

O atleta ainda destacou a briga pela lateral-direita do Brasil. "Sempre foi bem servida historicamente. A gente que vem no novo ciclo tem a responsabilidade de sempre dar o melhor, vim aqui para somar, crescer e ajudar a Seleção. Acredito que vem tendo um novo ciclo de laterais, já participei das categorias de base da Seleção. Pouco gente me conhece no Brasil porque saí cedo para a Europa. Venho fazendo um bom trabalho, espero ter mais chances se Deus quiser", afirmou.

A seleção brasileira ocupa a vice-liderança das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, com sete pontos, dois a menos do que a Argentina, que lidera a competição. O Uruguai é o quarto, com quatro, atrás da Colômbia, com cinco.