Pouco mais de uma semana após a denúncia de importunação sexual contra Paulo Roberto Falcão, a recepcionista que acusa o ex-jogador na Delegacia de Defesa da Mulher de Santos disse que ele a teria constrangido, no apart-hotel em que trabalha, em Santos, em duas oportunidades neste ano. Natália Batista da Silva, de 26 anos, teve pela primeira vez sua identidade revelada e disse que não sabia que ele era famoso antes de o dirigente se mudar para o prédio.
Em entrevista ao programa "Domingo Espetacular", da Record, a profissional contou detalhes do crime do qual o ex-dirigente do Santos foi denunciado. De acordo com suas declarações, Falcão não chegou a ter uma conversa com ela antes de encostar as partes íntimas em seu corpo. "Ele só falava 'oi, boa tarde, bom dia', somente isso. Até que um dia ele encostou as partes íntimas no meu braço", contou Natália.
O Código Penal aponta que importunação sexual é "praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro". Isso é entendido como um ato sexual sem o consentimento da vítima. A pena para este crime é de um a cinco anos de reclusão.
Além disso, Natália só soube tempos depois quem era Falcão. "Só fiquei sabendo (quem era Falcão) depois que a gerente me contou. Não acompanho (o futebol), não me interessa", afirmou.
O ex-jogador Paulo Roberto Falcão foi acusado por suspeita de importunação sexual após registro feito por uma funcionária do apart-hotel onde ele morava em Santos, no litoral de São Paulo. Ele era coordenador técnico do Santos desde novembro de 2022, mas deixou o clube há duas semanas apenas negando o que houve e também porque o time não está bem na temporada.
Em nota, Falcão afirmou que deixou o cargo no Santos "em respeito à torcida diante do desempenho do time" e não devido à acusação. O agora ex-coordenador do clube nega a denúncia, afirmando que a importunação sexual "não aconteceu".