A Associação de Pilotos de Grandes Prêmios (GPDA) divulgou uma nota de protesto nesta quinta-feira por meio das redes sociais mostrando seu descontentamento com a política "antipalavrões" adotada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A postagem questiona as cobranças da entidade e reclama também sobre a maneira como os pilotos são tratados pelo presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem.
Todos os 20 pilotos se posicionaram nesta questão e apoiaram o teor da mensagem. "Há uma diferença entre xingar, insultar os outros, e palavrões mais casuais, como descrever um mau tempo ou um objeto inanimado como um carro de Fórmula 1 ou uma situação de pilotagem", diz parte do texto.
Os casos mais emblemáticos envolvem o atual tricampeão do mundo Max Verstappen, da Red Bull, e o piloto ferrarista Charles Leclerc. O holandês foi punido após proferir palavrões ao se referir ao desempenho do carro. O rival monegasco também sofreu uma multa após quase perder o controle de sua Ferrari no GP de São Paulo.
Além de deixar clara a insatisfação dos pilotos, a nota pede que a entidade que comanda a categoria reveja a maneira de tratamento em relação aos competidores da Fórmula 1.
"Pedimos ao presidente da FIA que também considere seu próprio tom e linguagem ao falar com nossos pilotos membros, ou mesmo sobre eles. Além disso, nossos membros são adultos e não precisam receber instruções pela mídia sobre assuntos tão triviais como o uso de joias e cuecas."
Por fim, o texto critica diretamente a linha de ação da FIA em relação às multas. "Transmitimos nossas preocupações sobre a imagem negativa que as multas financeiras trazem para o esporte. Mais uma vez solicitamos que o presidente da FIA ofereça transparência financeira e um diálogo direto e aberto."