Faleceu nesta sexta-feira (16), aos 76 anos, o argentino Rodolfo Fischer, ídolo do Botafogo e do San Lorenzo (Argentina). O ex-atacante, conhecido pelo apelido El Lobo, foi o jogador estrangeiro que mais vestiu a camisa do Glorioso, com 180 jogos disputados entre 1972 e 1976. No futebol brasileiro, ele também defendeu o Vitória.
O lugar onde Fischer brilhou mais, porém, foi mesmo o San Lorenzo. Pelo tradicional clube de Buenos Aires, El Lobo fez 272 jogos e anotou 141 gols, destacando-se, principalmente, na conquista do título argentino de 1968, de forma invicta. Aquele time, que ganhou o apelido de os Matadores, teve Fischer como artilheiro. Foi dele, inclusive, o gol que garantiu a taça, em vitória sobre o Estudiantes.
Em 2004, em uma entrevista, Fischer opinou sobre quem era, a seu ver, o maior jogador de todos os tempos. O ídolo de Botafogo e San Lorenzo disse ser Pelé, apesar de reconhecer Diego Maradona, à ocasião, como o “maior da Argentina, de longe”. Ele argumentou que, ao contrário do camisa 10 argentino, o brasileiro sabia finalizar com as duas pernas, além de ter marcado muito mais gols, saltar alto e ter tido uma carreira mais constante. “Todos os companheiros que tive, em clubes e na seleção, dizem o mesmo”, afirmou, à época.
Antes de vir para o Brasil, Fischer defendeu a seleção argentina entre 1965 e 1972, marcando oito gols em 32 partidas. Além de Botafogo, San Lorenzo e Vitória, o ex-atacante atuou por Sarmiento e Belgrano, ambos da Argentina, além do Once Caldas, da Colômbia.