Michel Araújo teve o incentivo de Fernando Diniz, técnico do Fluminense, para tomar a decisão de trocar o clube carioca pelo São Paulo. Apresentado oficialmente nesta terça-feira, no CT da Barra Funda, o meia uruguaio disse entender os motivos de não ter espaço na equipe do Rio e revelou algumas palavras ditas a ele por Diniz, que treinou o time paulistano entre 2019 e 2020.
"Seria fácil para mim dizer que eu não estava jogando porque o Diniz não gosta de mim. Ele sempre foi um cara sensacional, sempre foi sincero comigo. Ele disse que eu tinha que esperar, porque realmente eu tinha que esperar. Acabou não dando muitos minutos para mim, faz parte do futebol, eu entendi. Quando ele ficou sabendo dessa possibilidade, quando o São Paulo começou a me procurar, ele falou: 'Michel você tem que jogar, você vai ser feliz lá. Vai e joga. Agradeço essa confiança que ele teve em mim", afirmou.
O novo reforço são-paulino também desenvolveu um pouco sua avaliação sobre a passagem pelo Fluminense. De acordo com ele, a competitividade dentro do elenco era muito grande. "Time titular lá tem o Arias, melhor meia do país para mim. Tem também o Ganso, um excelente jogador. Tem o Keno, um dos melhores pontas do país. Tinha muito cara bom, era difícil jogar. Nada a ver sobre relação com o Diniz, que é um cara sensacional, sempre foi sincero comigo", disse.
Outro fator que deu confiança para Michel Araújo fechar com o São Paulo foi o histórico do time com jogadores uruguaios, como Pablo Forlan e Pedro Rocha, nos anos 1970, e Lugano, nas duas décadas passadas. Atualmente, o clube já conta com Gabriel Neves, com quem Araújo também conversou antes do acerto.
"Muitos uruguaios tiveram uma carreira linda pelo São Paulo. Antes de vir para cá, liguei para o Gabriel Neves, que me falou também dessa importância dos uruguaios no clube. Então, na hora de tomar a decisão, isso aí também me motivou a vir para o São Paulo", afirmou.
O meia não se inspira apenas em seus compatriotas. Também admira outros jogadores que marcaram a história são-paulina, como o versátil meio-campista Hernanes, que vestia a camisa 15, justamente a escolhida pelo uruguaio. "Hernanes era um jogador impressionante, honrou muito a camisa. Fico feliz também de ter escolhido esse número por ser dele. Quando cheguei ao Fluminense, escolhi a 15 e fiz um bom campeonato em 2020. Quando vi que estava livre para pegar, não tive dúvida que esse seria meu número", comentou.