Marco La Porta e Yane Marques anunciaram nesta sexta-feira a primeira chapa confirmada para a eleição presidencial do Comitê Olímpico do Brasil (COB), a ser realizada após a Olimpíada de Paris-2024. Eles serão candidatos a presidente e vice, respectivamente, em oposição ao atual presidente Paulo Wanderley Teixeira.
O anúncio da "COB Unido" foi feito em comunicado, no qual La Porta e Yane afirmam "reconhecer a sinergia entre seus ideais e propostas, que visam a união de Confederações e atletas em um único propósito: buscar as melhores soluções para o movimento olímpico brasileiro".
La Porta foi vice-presidente da gestão de Paulo Wanderley, enquanto Yane é ex-atleta, medalhista de bronze no pentatlo moderno na Olimpíada de Londres-2012 e ex-presidente da Comissão de Atletas do COB (CACOB). As candidaturas de ambos já eram esperadas desde o início do ano, mas não havia sinal de que comporiam a mesma chapa.
"Durante toda a minha carreira, principalmente nos últimos seis anos, tive a oportunidade de viver a realidade do movimento olímpico brasileiro. Fui chefe de missão no Pan de Lima, em 2019, e em Tóquio, em 2021, numa edição completamente atípica dos Jogos Olímpicos, e posso dizer com propriedade que aprendi muito, e de perto, com as confederações e atletas", disse La Porta.
Yane, por sua vez, diz representar grande parte dos atletas no futuro pleito. "Fui escolhida pelos meus colegas da CACOB para representar os atletas nas eleições e chegamos juntos também à decisão de compor a chapa com o La Porta. É uma demonstração de maturidade dos atletas. Queremos e estamos prontos para trabalharmos junto com as confederações", declarou.
Ambos deixaram em março os cargos que ocuparam na atual gestão, de forma a permitir suas candidaturas. A eleição do COB deve acontecer no último trimestre deste ano. A inscrição de chapas vai até o mês de setembro. Paulo Wanderley ainda não oficializou sua candidatura à reeleição, mas, nos bastidores, já é dado como candidato favorito no pleito.
Segundo colocado na eleição de 2020, Rafael Westrupp afirmou em entrevista recente aoEstadãoque, a princípio, não será candidato. Mas o presidente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT) indicou que poderia mudar de ideia no futuro. Também revelou que até o momento não havia sido procurado por outros candidatos para compor chapas ou demonstrar apoio público.