Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quinta-feira o acordo que permite ao Flamengo construir seu novo estádio no terreno que pertencia à Caixa Econômica Federal, no Gasômetro, zona portuária do Rio. O notícia foi anunciada na conta oficial do presidente, na rede social BlueSky.
O projeto tem apoio do prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD), aliado de Lula que concorre à reeleição. Paes decretou a desapropriação do terreno em junho após as conversas entre Flamengo e Caixa se arrastarem.
"Junto com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o presidente da Caixa, Carlos Vieira, assinei o acordo para a construção do estádio do Flamengo no terreno do Gasômetro. Agora, a nação rubro-negra poderá ter seu próprio estádio de futebol", disse Lula.
A desapropriação de uma área privada pelo Executivo está prevista na Constituição Federal mediante o cumprimento de requisitos que comprovem o interesse público e pagamento de indenização ao dono do terreno.
A Prefeitura do Rio já havia desapropriado parte da área para a construção do Terminal Intermodal Gentileza, maior integrador de transporte público da capital carioca e que conecta os serviços de BRT, BRT Transbrasil, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e ônibus municipais. Localizado próximo ao Terminal Rodoviário Novo Rio, o terreno do Gasômetro tem 88,3 mil metros quadrados.
A indenização pela área do Terminal Gentileza foi de R$ 40,8 milhões. A Caixa alegou prejuízo e entrou com uma ação na Justiça contra o município para receber aproximadamente mais R$ 11 milhões. Para a desapropriação do terreno, estipula-se que a Prefeitura deve pagar cerca de R$ 175 milhões.
De acordo com estimativas da diretoria do Flamengo, as obras do novo estádio devem ser concluídas em cinco anos. O clube planeja inaugurar a obra no dia 15 de novembro de 2029. A data faz menção à fundação da agremiação.