Luiz Maurício da Silva não repetiu sua marca da classificatória e terminou apenas na 11ª posição na final do lançamento do dardo nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, nesta quinta-feira. Em sua segunda Olimpíada da carreira, o atleta tinha superado o recorde brasileiro e sul-americano para se garantir entre os 12 melhores, com 85,91 metros, mas fechou sua participação sem repetir o feito, com apenas 80,67m.
Apesar do resultado ruim, o brasileiro deixa Paris orgulhoso pelos feitos. Há 92 anos que o País não contava com um representante na final do lançamento do dardo. Desde Heitor Medina nos Jogos de Los Angeles-1932. Luiz Maurício quebrou o jejum avançando com a sexta melhor marca da fase classificatória, com 85,91 metros, além dos dois recordes.
O mineiro de 24 anos celebrou sua marca da classificação, mesmo admitindo que havia cometido alguns erros, e prometia muito mais para a decisão, na qual tentava desbancar os favoritos Neeraj Chopra, da Índia, que avançou com 89,34m e é o atual campeão da prova, além do bicampeão mundial Anderson Peters, de Granada, com 88,63, e o alemão Julian Weber, 87,76m, que avançaram como os três melhores.
No Stade de France lotado nesta quinta-feira, o brasileiro prometia superação, mas começou sua série de três lançamentos para se garantir entre os oito melhores - os quatro piores da decisão seriam eliminados dos três arremessos finais, completando seis - com apenas 80,67m, fechando o primeiro giro em quinto. A liderança era de Anderson Peters.
Logo no começo das segundas tentativas, Arshad Nadeem, do Paquistão, alcançou marca assombrosa de 92,97m, quebrando o recorde olímpico. E os competidores começaram a realizar grandes lançamentos. Chopra fez 89,45m, subindo para segundo, ultrapassando Peters, com 87,87m. Luiz Maurício foi mal na segunda chance, com 78,67m e despencou para o 10º lugar.
Sob pressão no último lançamento, o brasileiro precisava superar 84,58m para avançar no oitavo lugar. Mas acabou queimando o lançamento, fechando à frente somente do romeno Andrian Mardare.
Além de Luiz Maurício, o lançamento do dardo brasileiro contou com outro representante na capital francesa: Pedro Henrique Nunes, que lançou 79,46m na classificatória e não conseguiu vaga na decisão - fechou sua participação na 19ª colocação.
DEU BOTSUANA NOS 200M
Mais rápido do mundo ao surpreender e ganhar o ouro nos 100m, o americano Noah Lyles não repetiu a dose nos 200m, sua principal prova e na qual não perdia há três anos, ao cruzar com 19s70 e ficar somente com o bronze - acabou caído após cruzar em terceiro, passando mal (correu com covid-19 e deixou a pista em cadeira de rodas) recebendo uma advertência - pode perder sua medalha. O vencedor foi Letsile Tebogo, jovem representante de Botsuana, de apenas 21 anos, que ganhou com sobras, com 19s46. O também americano Kenneth Bednarek levou a prata, com 19s62.