Morreu na noite de terça-feira, aos 80 anos, no Rio de Janeiro, o ex-atacante Silva "Batuta", ídolo do Flamengo na década de 1960 e com boas passagens principalmente por Corinthians, Vasco e Racing, da Argentina. Com covid-19, o ex-jogador estava internado do hospital Pró-Cardíaco no bairro de Botafogo, na zona sul da capital fluminense.
Utilizando sua conta oficial no Twitter, o Flamengo postou homenagem ao ex-atacante que teve duas ótimas passagens pela Gávea (1965 a 1966 e 1968 a 1969), quando assinalou 70 gols em 132 partidas disputadas e conquistou o Campeonato Carioca de 1965 e o Torneio Internacional do Marrocos, em 1968.
"O Clube de Regatas do Flamengo lamenta profundamente o falecimento do grande ídolo Silva Batuta, que nos deixou nesta terça-feira. Ele marcou época com o Manto Sagrado na década de 60. Foram 70 gols em 132 jogos pelo Mais Querido e os títulos do Campeonato Carioca (1965) e do Torneio Internacional do Marrocos (1968) conquistados. Obrigado por tudo, Silva! Você estará para sempre em nossos corações!", escreveu o Flamengo.
Nascido em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, em janeiro de 1940, Batuta foi uma espécie de pioneiro no futebol brasileiro. Ele passou por vários dos grandes clubes do País em um tempo em que a regra era a fidelidade a um time só. Ele surgiu no São Paulo, mas se destacou mesmo no Corinthians, pelo qual fez 95 gols na primeira metade da década de 1960.
Batuta foi campeão carioca pelo Flamengo no ano do Quarto Centenário da cidade do Rio de Janeiro, em 1965, no ano seguinte esteve na Copa do Mundo com a seleção brasileira, na Inglaterra, e em 1970 ajudou a encerrar um tabu de 12 anos sem título estadual no Vasco. Entre um título carioca e outro, ainda teve tempo para ser campeão paulista com o Santos de Pelé. Ainda jogou no Botafogo, foi artilheiro no Racing e se aposentou no futebol venezuelano.