O estado de saúde do heptacampeão de Fórmula 1, Michael Schumacher, é um "caso sem esperança". Foi o que disse o jornalista suíço Roger Benoit em entrevista ao jornal Blick. Desde 2013, após um acidente um dos maiores nomes do automobilismo mundial não apareceu mais publicamente e um suspense ronda o estado de saúde do alemão de 54 anos.
Benoit citou o filho do piloto quando foi perguntado sobre o estado de saúde do heptacampeão. "Só há uma resposta para essa pergunta e foi a que seu filho (Mick) deu: Eu daria qualquer coisa para falar com o papai. Esta frase diz tudo sobre como seu pai está há mais de 3.500 dias. Um caso sem esperança", disse o jornalista suíço. Mick é piloto reserva da Mercedes na atual temporada da Fórmula 1.
Ainda segundo o jornalista suíço, foi Mick quem deu o depoimento mais próximo do estado de saúde do pai. A fala que Benoit se refere é o que o filho de Schumacher falou ao documentário produzido pela Netflix. "Papai e eu agora nos entendemos de uma forma diferente, simplesmente porque falamos uma linguagem parecida, a linguagem do automobilismo. Temos muito mais o que conversar, e pelo menos é onde minha cabeça está a maior parte do tempo. É quando penso que desistiria de tudo só para ter isso", declarou Mick no filme.
Roger Benoit cobria a Fórmula 1 e acompanhou Michael Schumacher, com quem teve relação próxima. Segundo o jornalista, confraternizações entre ele, o piloto e "chefões" da modalidade eram comuns. Em 29 de dezembro de 2013, Schumacher sofreu um acidente enquanto esquiava na estação de Meribel nos Alpes franceses. O alemão estava em uma área perigosa não demarcada entre duas pistas. Ele usava capacete, mas bateu a cabeça e sofreu uma grave traumatismo craniano que o deixou em coma por meses.
Periodicamente, amigos da família de Schumacher que conviveram com o heptacampeão no auge de sua carreira na Fórmula 1 comentam como está seu estado de saúde, mas sem dar detalhes, protegendo o interesse da mulher do piloto, Corinna Betsch, que prefere a discrição. Um dos poucos que mantém contato com os familiares é Jean Todt, ex-presidente da FIA e ex-chefe da Ferrari, escuderia onde Schumacher trabalhou ao lado de Rubens Barrichello.