O boxe profissional brasileiro vai conviver com altos e baixos nesta parte final de 2024. Alguns dos nossos medalhistas olímpicos passam por momentos distintos na carreira. Enquanto alguns se preparam para defender cinturões mundiais, outros já pensam em pendurar as luvas.
Robson Conceição, ouro na Olimpíada do Rio-2016 e Beatriz Ferreira, prata em Tóquio-2020 (competição disputada em 2021) e bronze em Paris-2024, vão subir no ringue para defender seus títulos mundiais.
Robson, campeão dos superpenas pelo Conselho Mundial de Boxe, dará revanche para o norte-americano O'Shaquie Foster, em 2 de novembro, nos Estados Unidos. O brasileiro, de 35 anos, viaja sábado para Las Vegas para a parte final de sua preparação.
Bia Ferreira, dona do cinturão dos pesos leves da Federação Internacional de Boxe, vai colocar o título em jogo pela primeira vez, provavelmente em dezembro, em Mônaco. A adversária ainda não está definida pela empresa Matchroom, com a qual a brasileira, de 31 anos, tem contrato.
Já os irmãos Falcão lutam para se manter em evidência. Esquiva Falcão, prata em Londres-2012 e ex-primeiro colocado no ranking dos pesos médios, luta dia 12, no ginásio do Canindé, diante do compatriota Morramad Araújo como uma das preliminares do quinto evento do Fight Musical Show, que terá como luta principal o veterano Acelino Popó Freitas contra o argentino Jorge 'El Chino' Miranda.
Esquiva, de 34 anos, afirmou que após esta luta provavelmente vai viajar para a Espanha, onde vai treinar para retomar sua carreira internacional.
Já Yamaguchi Falcão, irmão de Esquiva, bronze em Londres-2012, tem poucas esperanças de continuar a carreira. "Eu acredito que minha carreira se acabou. Sem apoio, sem patrocínio, fica difícil se dedicar aos treinos e trazer o tão sonhado cinturão mundial, e eu não estou aqui pra ser escadinha de atleta, tenho um grande potencial, mas infelizmente estou tendo que trabalhar fazendo motorista de aplicativo e dando aula de boxe, queria muita estar vivendo somente do esporte", disse o lutador, de 36 anos.