Em busca da liderança do Grupo 2 da Liga das Nações, a França terá muita dificuldade para superar a Bélgica, nesta segunda-feira, às 15h45 (horário de Brasília), em Bruxelas, pela quarta rodada da competição da Uefa. Esta é a opinião do técnico Didier Deschamps, que acredita que a seleção adversária jogará com mais gana do que o habitual.
Um resultado negativo nesta rodada complicaria a situação da equipe comandada por Domenico Tedesco na Liga das Nações, já que Itália e França poderiam abrir larga vantagem na tabela com apenas mais duas partidas pela frente nesta fase.
Além disso, a Bélgica tenta encerrar um jejum de 43 anos sem derrotar a França em competições oficiais - foram seis triunfos do conjunto azul no período -, desde a vitória por 2 a 0, em 9 de setembro de 1981, pelas Eliminatórias da Copa de 1982. Considerando os amistosos disputados no período, os belgas só venceram dois dos 15 duelos, o último há nove anos.
"Teremos uma seleção belga motivada, como sempre, mas um pouco mais nesta segunda-feira. Não creio que possamos falar nos jogos anteriores porque não é o mesmo contexto, nem os mesmos jogadores. Não estou convencido de que o histórico do confronto nos dê vantagem psicológica", afirmou Deschamps, neste domingo, em coletiva de imprensa.
"Sempre nos encontramos, geralmente em partidas decisivas. Há rivalidade porque somos vizinhos, mas não há animosidade porque os jogadores se conhecem", comentou, lembrando das vaias direcionadas aos belgas pela torcida francesa no último encontro, em setembro, em Lyon.
"Se todos tivessem um comportamento adequado (na arquibancada), estaríamos melhor. Mas não importa, eles (torcedores belgas) também não vão cantar A Marselhesa", disse o treinador francês, referindo-se ao hino francês.
Deschamps também comentou a nova polêmica envolvendo Kylian Mbappé, ausente da convocação francesa para, segundo o técnico, recuperar-se de lesão muscular. O atacante foi flagrado em boate em Estocolmo, na Suécia, em folga do Real Madrid.
"Se ele estava onde estava, era porque não tinha nenhuma obrigação do seu clube. Não é só defendê-lo, ele está na vida privada dele. Além disso, nem é vida privada, todos sempre sabem onde ele está", defendeu Deschamps.
Se Mbappé desfalcará a França, a Bélgica não terá o meia Kevin de Bruyne e o atacante Romelu Lukaku, que pediram dispensa nesta janela de jogos internacionais. Na outra partida da chave, a Itália vai receber Israel, também às 15h45 (de Brasília), no estádio Friuli, em Údine.