Daniel Alves publicou uma foto em que ele aparece pela primeira vez desde março, quando teve a liberdade concedida pela Justiça espanhola, após 14 meses de prisão, como suspeito e, posteriormente, condenado em primeira instância por crime sexual. A publicação não permite comentários.
Na foto, o ex-jogador aparece sorrindo com uma paisagem ao fundo. Daniel Alves não marcou a localização em que a imagem foi registrada. Entretanto, certamente é na Espanha, já que uma das condições para recorrer à condenação em liberdade foi entregar o passaporte e não deixar o país. "Good times are coming (bons tempo a caminho, em inglês)", diz a camiseta vestida pelo ex-atleta.
Além da entrega dos passaportes e o comprometimento em permanecer na Espanha, Daniel Alves pagou uma fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) à Justiça espanhola. Semanalmente, ele precisa se apresentar ao Tribunal de Justiça.
O tempo em que Daniel Alves esteve preso corresponde a quase um quarto da pena de quatro anos e meio imposta em julgamento. Segundo o entendimento do Tribunal, a punição foi "significativamente reduzida em relação à mais baixa das solicitadas pelo Ministério Público".
A Promotoria queria que Daniel Alves fosse condenado a nove anos de prisão. Enquanto a acusação que representa a vítima pedia 12 anos. O tempo que o brasileiro esteve encarcerado foi levado em conta pelo Tribunal para conceder a liberdade neste momento.
Apesar da condenação, Daniel Alves ainda tinha prisão preventiva, já que o caso ainda tramita com pedidos de recursos. A lei espanhola determina que esse tipo de prisão pode durar até dois anos e o jogador poderia, portanto, ter a reclusão estendida até, no máximo, metade da pena. Na interpretação do Tribunal, é improvável que se chegue a uma sentença definitiva nesse período. A soltura do lateral não significa que foi absolvido. Ele apenas terá liberdade para aguardar as análises do processo em instâncias superiores àquela em que ele foi condenado.
O Tribunal de Barcelona, na Espanha, havia condenado Daniel Alves pelo estupro de uma mulher de 23 anos em uma boate da cidade, além de cinco anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena, sendo proibido de se comunicar ou se aproximar da vítima. O crime ocorreu em dezembro de 2022, dias após a participação do jogador na Copa do Mundo do Catar com a seleção brasileira.