Destaque da seleção da Noruega, com 91 partidas disputadas pela equipe principal, o ex-atacante John Carey, com passagens por Roma, Valencia, Aston Villa e West Ham, foi condenado nesta quarta-feira a 14 meses de prisão por sonegação fiscal em seu país. Ele já havia se declarado culpado, mas acabou pegando uma pena menor por ter sido considerado "grosseiramente negligente."
Carew corria o risco de pegar até 2,7 anos de prisão caso tivesse sido condenado por ter agido intencionalmente na fraude fiscal entre 2017 e 2019, quando já havia abandonado os gramados - não declarou 26,7 milhões de libras (aproximadamente R$ 168,8 milhões). Ele alegou não residir na Noruega, portanto, não precisar fazer uma declaração no país. Afirmou, ainda, que seguia conselhos de seus agentes. Seus advogados tentavam que a punição fosse apenas para ações comunitárias, o que acabou não ocorrendo.
"De acordo com as evidências apresentadas, o tribunal não pôde ver que há cobertura para a decisão de Carew de não divulgar sua renda e bens, mesmo que a descrição do crime tenha sido assim cumprida", afirmou o juiz do Tribunal Distrital de Oslo, Ingvild Boe Hornburg, durante o julgamento. "Na opinião do tribunal, não há nada nas evidências que apoie tal hipótese."
Mesmo não conseguindo reverter a penas para ações comunitárias, o advogado do ex-atacante, atualmente de 43 anos, comemorou a sentença como uma vitória. "O tribunal concluiu que ele agiu com negligência grosseira, mas não com intenção", afirmou Berit Reiss-Andersen, em comunicado. "Isso mostra que John Carew é acreditado em todos os aspectos.
Além dos 14 meses de prisão, o jogador ainda terá de pagar uma multa de 46 mil libras (aproximadamente R$ 291 mil). De acordo com o advogado, Carew vai lera a decisão em detalhes antes de decidir se apelará.