A seleção brasileira confirmou o favoritismo e avançou em primeiro do Grupo A ao hexagonal final do Campeonato Sul-Americano sub-20, disputado na Colômbia. Nesta sexta-feira, mesmo com titulares poupados, a equipe verde e amarela virou diante do Paraguai, em Cali, e com 2 a 1 fechou a fase no topo e invicta. A Argentina deu vexame ao perder seu terceiro jogo em quatro, desta vez para os donos da casa, por 1 a 0, amargando dura eliminação precoce.
Com o triunfo, o Brasil abrirá a fase decisiva com um rival em tese mais fácil, pois encara o terceiro do Grupo B, que será decidido neste sábado e hoje seria o Chile - ainda não confirmou a vaga. Os quatro melhores se garantem na Copa do Mundo da categoria. Ainda serão três vagas no Pan-Americano aos melhores.
Com classificação garantida ao hexagonal final desde a segunda rodada, o técnico Ramon Menezes não quis correr riscos de perder peças importantes por lesão e deu descanso aos titulares. Trocou até o goleiro. O Paraguai também poupou suas principais estrelas.
Mesmo com escalação alternativa, o Brasil foi quem iniciou propondo o jogo. Logo aos seis minutos, Pedrinho recebeu cruzamento de Luis Guilherme e bateu por cima. Logo depois, o goleiro paraguaio espalmou a cobrança de falta de Luis Guilherme, bastante ativo no ataque.
Com postura defensiva em Cali, o Paraguai parecia mais disposto a não sofrer gol do que buscar a vitória que garantia a primeira posição do Grupo A. E, aos poucos, começou a dificultar as ações brasileiras, por vezes com até cinco marcadores na última linha.
O jogo estava todo sob controle do Brasil quando um lançamento longo acabou pegando os defensores de Ramon Menezes de surpresa. Kevin Pereira recebeu nas costas de Kaiki Bruno e bateu. A bola desviou em Jean e enganou o goleiro Kaique: 1 a 0 aos 21 minutos.
A festa paraguaia durou somente oito minutos. Pouco depois de Jean acertar a trave do goleiro Frutos, uma "desobediência" a Ramon rendeu o gol do empate. O técnico pedia o tempo todo para o time jogar pela beirada, mas a jogada pelo congestionado meio-campo acabou em gol de Stênio. A defesa errou o corte e o atacante chutou rasteiro e forte às redes.
O Brasil permaneceu até a pausa para o intervalo com postura bastante ofensiva, deixando por vezes apenas um defensor para segurar o ligeiro Kevin Pereira, único atacante paraguaio. No último lance da etapa, André correu risco ao dar um carrinho na área em jogada de alta velocidade, para impedir que o adversário fizesse mais um gol.
O Brasil voltou com a mesma escalação na etapa final. Já o Paraguai trocou o goleiro. E a entrada de Tavalera seria decisiva. Não por defesas, mas pela falha após cobrança de escanteio de Pedrinho. Ele errou o corte e a bola foi na cabeça do capitão Ronald, que virou o placar sem dificuldades logo aos 9 minutos.
Com o desgaste, Ramon começou a colocar seus titulares em campo. O artilheiro Vitor Roque que, poupado, não havia encarado a Colômbia na rodada passada, entrou para recuperar o ritmo de jogo. A troca deixou o Brasil muito mais ofensivo, mas sem criar grandes oportunidades.
De repente, um frisson tomou conta das arquibancadas. De torcedores locais e também dos brasileiros, festejando gol da Colômbia que deixava a Argentina fora da etapa decisiva. Os hermanos chegaram 'vivos' na rodada decisiva graças aos brasileiros, mas caíram diante dos donos da casa, por 1 a 0, e deram adeus ao Sul-Americano sub-20 com campanha vexatória de três derrotas e somente um triunfo apertado diante do frágil Peru.
Vitor Roque ainda desperdiçou uma chance no fim. O gol perdido não fez falta, pois a vitória acabou confirmada. O Brasil fechou no topo da chave, com 10 pontos, a Colômbia passou em segundo, com 8, e o Paraguai, primeiro a garantir vaga, despencou para terceiro, com 7.