Um paranaense é responsável pela criação de um dos aparelhos utilizados em uma das modalidades da ginástica nas Olimpíadas - inclusive, pelo qual a brasileira Rebeca Andrade conquistou uma medalha de prata -, o salto sobre a mesa.
Siegfried Gunther Fischer, autor do dispositivo, nasceu em 1927 nos Campos Gerais do Paraná, mais precisamente em Ponta Grossa - cidade que, segundo dados do IBGE, possui cerca de 358.371 habitantes. Além de ter sido engenheiro, o paranaense foi um dos maiores ginastas do século passado, sendo considerado o pioneiro da Ginástica Artística no Brasil.
Com seus conhecimentos em engenharia, sua experiência pessoal como atleta profissional e uma boa dose de empreendedorismo, em 1993 ele esboçou o que seria hoje a mesa do salto: um aparelho com base de 95 centímetros de largura e 1,20 metro de comprimento.
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Na modalidade, os atletas correm, pulam em um trampolim e apoiam as mãos na mesa para impulsionar um salto e realizar acrobacias. Vale destacar que a mesa tem uma proteção maior na parte frontal para evitar acidentes.
Em uma entrevista à imprensa, o coordenador do Grupo de Pesquisa em Ginástica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o professor Marco Antonio Coelho Bortoleto, explicou que, antes da criação de Fischer, o aparelho usado pelos atletas era parecido com o cavalo com alças utilizado por atletas masculinos.
"A partir do final da década de 90, todo mundo começou a pensar que ele era um pouco perigoso, porque tinha uma superfície de contato muito pequena. O lugar de apoiar as mãos era muito estreito e isso vinha gerando alguns acidentes. A partir dessa observação que começa toda a busca por um novo instrumento para poder saltar", disse o pesquisador ao G1.
Nesse contexto, o paranaense começou a pensar em um novo modelo de equipamento e em 1995 apresentou um protótipo. Em parceria com o fabricante alemão Rudolph Spieth e o treinador austríaco Helmut Hoedlmoser, o projeto de Fischer ganhou vida.
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Alguns protótipos do novo equipamento, então, passaram a ser feitos. Por oferecer mais segurança aos atletas, o aparelho começou a ser usado nos Jogos Olímpicos a partir de 2004, um ano após a morte de Siegfried Fischer.
Contudo, a criação do paranaense está mais viva do que nunca nas Olimpíadas de Paris 2024.
Com informações dos sites G1 e Invest News.