Após rescisão, Aranha aciona Ponte Preta na Justiça e cobra R$ 5 milhões

Autor: Da Redação,
terça-feira, 06/02/2018

MARCELLO DE VICO

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O goleiro Aranha é mais um a entrar na Justiça contra a Ponte Preta. Auxiliado pelo advogado João Henrique Chiminazzo, o jogador de 37 anos, que teve seu contrato rescindido pelo clube campineiro na semana passada, cobra aproximadamente R$ 5 milhões.

A informação foi confirmada pelo advogado de Aranha em entrevista ao UOL Esporte. "Sim, procede. Ele recebia parte como salário, parte como direito de imagem e parte como luvas. Tinham algumas coisas atrasadas e tudo para frente do contrato", esclareceu João Henrique. O contrato de Aranha com a Ponte Preta ia até o fim de 2019.

Aranha se apresentou normalmente no início da temporada e acabou perdendo a posição para Ivan, hoje titular do gol alvinegro. Segundo apurou a reportagem, a comissão técnica estava insatisfeita com a condição física do goleiro, enquanto Aranha não estava feliz com a reserva.

A rescisão de contrato (unilateral) foi anunciada na última semana pela Ponte Preta. De acordo com o ex-jogador Ronaldão, atual diretor de futebol do clube campineiro, a questão foi financeira: "O Ivan ganhou seu espaço, mas é indiscutível que tecnicamente Aranha foi muito útil à Ponte, tem uma carreira brilhante, porém infelizmente não foi possível chegar a um denominador comum".

A Ponte Preta informou, através de sua assessoria de imprensa, que só se manifestará sobre o caso após ser oficialmente notificada pela Justiça.

Aranha é o sexto jogador a entrar na Justiça contra a Ponte Preta nesta temporada 2018. Antes dele, os laterais Fernandinho e João Lucas, o zagueiro Fábio Ferreira e os volantes Jean Patrick e Naldo acionaram o clube campineiro por salários atrasados e outros pagamentos.

Eleito melhor goleiro do Campeonato Paulista do ano passado na campanha do vice da Ponte Preta, Aranha tem 209 jogos com a camisa da Macaca, em duas passagens, e é o segundo goleiro que mais defendeu a equipe campineira em toda história –atrás apenas de Carlos Gallo.