LUCIANO TRINDADE
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Tão improvável quanto apostar no sucesso que o Corinthians teria na temporada passada era esperar que Fábio Carille terminasse 2017 recebendo diversos prêmios como o melhor treinador do país. Afinal, o ex-auxiliar nem era a primeira opção do clube para assumir o cargo.
Foi só após o fracasso na negociação com o colombiano Reinaldo Rueda que o alvinegro decidiu efetivar Carille. E a aposta foi certeira.
Se há um fator que credencia o Corinthians a brigar pelos títulos desta temporada, mesmo com as perdas importantes que o time teve, é justamente o fato de ter o morador ilustre de Sertãozinho no comando da equipe.
Carille provou em apenas um ano que aprendeu muito bem com Tite e Mano Menezes, seus principais mentores, a não só armar um time como gerenciar um elenco.
Sua filosofia de trabalho agrada aos jogadores e tem respaldo da diretoria. Sempre sincero, trata todos os atletas de igual para igual.
E o fato de ter conquistado dois títulos importantes, como o Paulista e o Brasileiro, logo em seu primeiro ano como técnico, dá a ele segurança para ousar, como já tem feito na pré-temporada, testando novos esquemas.
Enquanto os rivais Palmeiras e Santos estarão sob o comando de técnicos que acabaram de chegar, Roger Machado e Jair Ventura, respectivamente, e só agora Dorival Júnior terá tempo para implantar seu trabalho no São Paulo, o Corinthians larga em vantagem com Carille.