Defesa de Marin aponta Del Nero como recebedor de propinas na CBF

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 14/12/2017

SILAS MARTÍ

NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Em seu último ato no julgamento do ex-presidente da CBF José Maria Marin, réu no escândalo de corrupção da Fifa, a defesa do dirigente tentou descredenciar os depoimentos da acusação e voltou a apontar o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, como destinatário dos pagamentos de propina.

"Ele estava em campo, mas não estava jogando", resumiu o advogado, Charles Stillman.

"Ele participou do esquema que acontecia ao redor dele ou só estava em campo no meio de tudo? Essa é a pergunta que os jurados devem fazer", disse, para depois concluir que "Marco Polo era quem mandava no futebol brasileiro".

As testemunhas que depuseram contra Marin no caso, em especial J.Hawilla, o dono da Traffic, foram desqualificadas por Stillman.

Segundo ele, Hawilla não pode ser confiado porque, durante seu testemunho, reconheceu ter mentido ao FBI.

O procurador americano Sam Nitze rebateu todas as tentativas da defesa de desqualificar as provas.

Ele ironizou a afirmação de Stillman de que Marin não saiu do banco de reserva.

"Não podemos crer que Marin estava lá fora colhendo flores e não jogando o jogo."

Os 12 jurados devem começar a deliberar sobre o caso no fim de semana. Eles precisam chegar a uma decisão unânime sobre a culpa dos réus.

OUTRO LADO

Marco Polo Del Nero nega ter recebido qualquer vantagem indevida em suas atividades.