Entusiasta do Pacaembu, Nabil Khaznadar projeta 'levar Santos ao mundo'

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 08/12/2017

ALEX SABINO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Convencido que o Santos é a marca do futebol brasileiro com maior penetração no exterior, o empresário Nabil Khaznadar prega que o clube se abra para o mundo. Ou pelo menos, no início, para São Paulo.

A principal bandeira de sua campanha é fechar com a prefeitura da capital paulista um contrato de exclusividade para usar o Pacaembu por três anos. Seria onde a equipe mandaria a maioria dos jogos durante seu mandato.

"A nossa torcida pode crescer e dividir o Morumbi com os adversários, como aconteceu no passado. Se você não explorar a marca, não existe", defende.

Seria o primeiro passo. Ele quer preparar o Santos para que possa se transformar em uma sociedade anônima e receber investimentos do exterior.

Khaznadar sabe que isso será visto como a venda do clube. Jura estar disposto a comprar a briga.

"Todas as máquinas da Europa são empresas societárias. A gente quer deixar isso mastigado para quem vier a seguir", completa.

Khaznadar foi candidato em 2014. Terminou na última posição, mas alega que o cancelamento da primeira votação o fez perder cerca de 30% dos votos. Também confessa que o apoio do ex-presidente Odilio Rodriguez, que deixava o cargo com alto índice de rejeição, foi um problema.

"Era só mais um apoio. Eu não pedi o apoio do Odilio e nunca mais falei com ele", afirma, três anos depois.

Ele revela ter trabalhado por quase um ano para que a oposição tivesse candidato único. O nome que tentou costurar foi o do empresário Walter Schalka, CEO da Suzano, empresa de papel e celulose. Ele aceitava lançar seu nome, desde que fosse consenso. Isso não aconteceu e Schalka desistiu.

"Respeitei [a decisão], mas fiquei bem chateado. Cheguei a propor que fosse feito um sorteio. Eu, Peres e Rueda. O nome que saísse seria candidato e os outros apoiariam. Não foi aceito."

O discurso de Khaznadar é de modernizar e "levar o Santos para o mundo". Ele sabe não ser tão fácil assim.

"De 60 mil sócios, temos 12 mil, 14 mil adimplentes. Vai diminuindo, diminuindo, daqui a pouco a gente vai sumir", afirma.