Pressionada, CBDA acata exigência de federação e marca nova eleição

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 04/12/2017

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) marcou para o dia 20 de dezembro, às 14h, no Rio de Janeiro uma nova eleição.

Segundo edital publicado desta segunda-feira (4), as novas chapas candidatas precisam ser registradas até o dia 8 de dezembro. A Comissão Eleitoral vai ser formada pelo diretor jurídico da CBDA Marcelo Jucá, um representante do STJD e um da Comissão dos Atletas.

A marcação da nova eleição vem após uma cobrança da Fina (federação Internacional de Natação),como mostrou a Folha.

A entidade havia reiterado que a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) deve promover novas eleições presidenciais, sob pena de receber sanção ou desfiliação.

O órgão não reconhece Miguel Cagnoni como presidente. Ele foi eleito em pleito em junho passado.

A eleição foi organizada por um interventor designado pela Justiça -o advogado carioca Gustavo Licks- depois que a juíza Simone Chevrand determinou o afastamento do líder da antiga cúpula da confederação, Coaracy Nunes.

Nunes e outros três dirigentes de sua gestão -Sérgio Alvarenga, Ricardo Cabral e Ricardo de Moura-foram presos pela Polícia Federal após investigação do Ministério Público Federal apontar que haviam desviado verbas públicas. Posteriormente, todos eles acabaram soltos. Cagnoni foi opositor de Nunes.

O pleito realizado por Licks aceitou participação de atletas e clubes, o que não está previsto no estatuto da CBDA. A diferença entre o que é determinado no documento e o que foi executado contrariou a Fina.

A federação, então, passou a exigir que a gestão de Cagnoni realizasse assembleia geral para ajustar seu estatuto às exigências impostas e, em seguida, organizasse nova rodada eleitoral.

A estratégia adotada pelo cartola brasileiro foi tentar mostrar à federação que não era necessário novo pleito.

Primeiro, realizou em agosto a assembleia pedida e dela confeccionou um novo texto régio. Em seguida, para tentar comprovar que não haveria motivo para nova eleição, enviou ao órgão cartas de apoio de 19 federações.

As medidas, porém, não sensibilizaram a Fina, e isso ficou explícito nas comunicações seguintes com a CBDA.

Todas as comunicações anteriores endereçadas à gestão de Cagnoni haviam sido assinadas pelo diretor-executivo da entidade, Cornel Marculescu. O fato de a última ter sido atribuída a Maglione foi entendido pela confederação como uma elevação no tom.