FÁBIO ALEIXO E LUIZ COSENZO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Foi uma traição o que fizeram com a nossa torcida e com a cidade de Itápolis. Hoje, não acompanho mais o Oeste." É esse o sentimento de Willian Puccini, 23, presidente da Oesterror, a única torcida organizada do Oeste que permanece registrada na FPF (Federação Paulista de Futebol) desde que o clube mudou de cidade.
No fim de 2016, o Oeste, fundado em 1921, transferiu sua sede de Itápolis, a 353 quilômetros de São Paulo, para Barueri.
A taxa cobrada pela FPF para a mudança, no valor de R$ 800 mil, foi paga pelo empresário Mário Teixeira, o Seu Mário, 72, proprietário do Audax, que se tornou investidor do time de Itápolis.
A parceria entre Audax e Oeste, no entanto, já havia começado em 2015, quando a equipe mandou seus jogos no estádio José Liberatti, em Osasco.
Na temporada passada, o clube retornou a Itápolis para disputar o Paulista, mas foi rebaixado para a Série A2. Desde então, nunca mais voltou.
No segundo semestre de 2016, o Audax cedeu jogadores e comissão técnica para o Oeste disputar a Série B escapou da queda na última rodada. Fez 13 de seus 19 jogos no torneio em Barueri.
A transferência de sede foi intermediada pelo proprietário do Audax. Ele negociou com a prefeitura de Barueri, que disponibilizou estádio e centro de treinamento.
"O estádio em Itápolis [dos Amaros] não tinha alvará do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar e a prefeitura não tinha condições de custear as reformas. Hoje, estamos em um estádio de primeiro mundo", disse Cidão.
A duas rodadas do fim da Série B, o Oeste ocupa a sexta posição, dois pontos atrás do Paraná, último time na zona de acesso à Série A.