Santos não apresenta provas, e presidente é denunciado por acusar repórter

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 04/08/2017

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - A Procuradoria-Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou o presidente do Santos, Modesto Roma Jr., nos artigos 1, 191 e 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) após a confusão na partida contra o Flamengo pela Copa do Brasil. Na visão do Tribunal, o cartola infringiu a imagem e a credibilidade do torneio ao acusar o repórter da TV Globo Eric Faria sem provas.

O clube não apresentou qualquer prova concreta sobre a citada interferência externa –em um pênalti marcado para o Santos e posteriormente anulado.

Diante disso, a Procuradoria enquadrou Modesto por "declarações antidesportivas e as que venham a macular a imagem da competição ou da CBF serão passíveis das punições" (artigo 1) e por desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões (artigo 258).

O presidente santista pode ser suspenso por até 180 dias. O artigo 191 do CBJD ainda prevê como punição multa de até R$ 100 mil pelo caso.

O caso será julgado na Terceira Comissão Disciplinar, na próxima quarta (9), às 14h30, no STJD.

"Com a polêmica instaurada e acusações graves a Procuradoria iniciou procedimento a fim de esclarecer os fatos e colher elementos que confirmassem a citada interferência externa e apurar a conduta do Santos e seu presidente. Neste sentido, a Procuradoria solicitou manifestação dos envolvidos: do repórter Eric Farias, dos árbitros da partida e do Santos. Em resposta a solicitação, o repórter negou qualquer comunicação com o quarto árbitro, que também afirmou que em nenhum momento se comunicou com Eric Faria, enquanto Leandro Vuaden, árbitro titular negou conhecimento ao fato. No posicionamento do Santos, o clube disse que não foi responsável pela divulgação do comunicado. A manifestação reafirma ainda a interferência externa. Com a ausência completa de elementos mínimos a caracterizar as acusações do clube e por entender que os fatos narrados são graves, a Procuradoria passou a analisar a conduta do Santos e de seu presidente com base no Código Brasileiro de Justiça Desportiva", disse o Superior, em nota da tarde desta sexta (4).