'Fosse outra, já teria abandonado o time', diz Petros sobre torcida do SP

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 31/07/2017

BRUNO GROSSI

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O São Paulo trocou uma série de nove partidas sem vitórias e presença na zona de rebaixamento por uma invencibilidade de três jogos e o início de novas ambições.

A reação ganhou força no último sábado (29) com a virada heroica sobre o Botafogo no Engenhão, por 4 a 3, e tem um responsável direto, segundo o volante Petros: o torcedor tricolor.

"A principal responsável pela reação, principalmente pela mudança de postura do time, é a torcida. Se fosse outra, já teriam abandonado o time. Agora é passo a passo, não está tudo resolvido. Mudou o espírito. E a humildade de saber que sem trabalho e sem disputar cada bola como a última não se vai a lugar nenhum. Esse espírito apareceu nos últimos três jogos e queremos ficar assim até o fim. Falo sempre em confiança porque só assim você faz seu melhor. A gente não podia falhar. As vitórias resgatarão os grandes jogadores. Cada um aqui sabe seu lugar, seu potencial e o que executar", disse o camisa 6.

O volante crê que o resultado histórico contra os botafoguenses servirá de motivação para os jogadores, bem como a presença de Hernanes. O ídolo da torcida ganhou a faixa de capitão e marcou um dos gols contra o Botafogo em sua reestreia pelo São Paulo.

"Falei antes que ele seria importante pela liderança, espírito vencedor e caráter. Ele é um craque. Sem condições de jogo, ele jogar o que jogou é para se valorizar muito. Teve a chance de fazer de direita, não fez, mas de carrinho e de esquerda conseguiu marcar. Ele é vencedor, tem história no clube. E quando os outros olham ele dando a vida pelo escudo que representa, isso motiva os jogadores", apontou.

Comprado do Betis há pouco mais de um mês, Petros já soma sete partidas pelo time tricolor, todas como titular. O curto tempo de clube não impediu, no entanto, que o marcador assumisse papel de liderança no grupo, conduzindo preleções e discursos no vestiário e aparecendo para dar entrevistas.

Segundo ele, a postura foi causada por uma necessidade: "Cheguei em um momento muito complicado. A gente sabia a situação em que estava e aceitei o desafio por isso. Pouca gente teria coragem de fazer o que fiz, Hernanes e Dorival Júnior fizeram, e outros contratados. Comprei essa ideia e falei desde a primeira entrevista que daria minha vida. Vi que era necessário alguém assumir a responsabilidade pelos outros. Sigo trabalhando e não tenho necessidade de protagonismo. Farei de tudo para o clube voltar ao lugar onde deveria estar".