SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-jogador de futebol americano OJ Simpson recebeu liberdade condicional nesta quinta-feira (20), nove anos após ser detido por roubo à mão armada e sequestro.
O ex-atleta de 70 anos será solto em outubro de uma prisão em Nevada.
A decisão unânime veio após 75 minutos de audiência, transmitida ao vivo por vários canais americanos.
O.J. Simpson ficou mais conhecido por ser réu de outro crime, em 1994 o assassinato de sua ex-mulher Nicole Brown e do amigo Ron Goldman. O ex-atleta, único suspeito, foi inocentado do caso pela justiça americana.
O ex-atleta acabou preso pelo roubo à mão armada, em setembro de 2007, de souvenirs de seus tempos de atleta da NFL do quarto de um hotel em Las Vegas. Ele alegava que as relíquias ainda pertenciam a ele.
Um ano depois, foi condenado a 33 anos de prisão, com a possibilidade de condicional a partir de nove anos.
Na audiência, OJ afirmou que apenas acompanhou o roubo, mas foram seus cúmplices que executaram o crime. Os outros participantes dizem que o ex-jogador foi quem planejou o assalto.
"Estou arrependido que as coisas tenham tomado o caminho que tomaram. Não tinha intenção de cometer um crime. Eu cumpri minha sentença, só gostaria de voltar para minha família e amigos", afirmou OJ em sua declaração final ao conselho de liberdade condicional.
Além do ex-atleta, testemunharam sua filha, Arnelle, e uma das vítimas do roubo, Bruce Fromong, que disse tê-lo perdoado.
O júri justificou sua decisão alegando que OJ cumpriu com as regras da prisão durante sua sentença, não tinha condenações prévias e era um risco mínimo à segurança pública.
O ex-jogador disse que está pronto para encarar a comoção pública que deve causar fora da prisão. "Eu não sou um cara que briga na rua. Eu não espero ter problemas quando sair daqui", afirmou.