Palmeiras diz para locutor do estádio baixar o tom após provocação ao Flamengo

Autor: Da Redação,
terça-feira, 06/06/2017

GUILHERME SETO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os torcedores do Palmeiras que foram ao Allianz Parque nos últimos jogos estranharam o tom do locutor Marcos Costi.

Xodó da torcida por sua empolgação no microfone e pelos bordões que criou, ele teve presença mais discreta nos confrontos contra o Atlético Tucumán e o Atlético-MG. Isso porque ele foi orientado por diretores de arena do Palmeiras Roberto Silva, Mauro Yazbek e José Inglese a baixar o tom depois de sua provocação ao Flamengo em 17 de maio.

Na ocasião, o Palmeiras vencia o Internacional por 1 a 0 pela Copa do Brasil enquanto o Flamengo era eliminado da Libertadores após derrota para o San Lorenzo. Costi disse de sua cabine "cheirinho no ar", em referência ao bordão "cheirinho de hepta" que os flamenguistas repetiam em 2016 durante a disputa do Brasileiro —que acabou sendo conquistado pelo Palmeiras.

A provocação não repercutiu bem entre os diretores, que foram pedir mais isenção a Costi.

Entre as demandas, foi pedido para que ele não provocasse mais os adversários e que tratasse os times com mais imparcialidade e "profissionalismo". Nas escalações, por exemplo, Costi dizia de maneira seca o nome dos jogadores adversários e cantava os do Palmeiras. Nos últimos jogos, fez de maneira neutra.

"Teve, sim, a conversa. Assim como pedimos respeito nos outros estádios, também temos que respeitar. Não temos nada contra o Costi, o trabalho dele é muito bom e queremos que ele continue, claro. Mas a gente tem um padrão em todos os departamentos do clube. No estádio, falamos de instituição para instituição. Não pode haver ofensa", diz Yazbek.

"Ele tem o estilo dele e não queremos interferir. Só queremos um texto sem ofensas", completa.

Esta não é a primeira vez que a locução de Costi é contestada no Allianz Parque. Em 2015, após afastamento por um jogo e boatos de que o motivo teria sido o desagrado da WTorre com sua suposta imparcialidade, torcedores fizeram campanha para que ele voltasse a participar dos jogos.

Procurado pela reportagem, Costi não quis se pronunciar sobre o tema.