Em baixa, Belfort volta ao octógono pela 1ª vez como coadjuvante no Brasil

Autor: Da Redação,
sábado, 03/06/2017

GUILHERME DORINI

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Basta olhar para os últimos resultados de Vitor Belfort para perceber que ele vive um dos piores momentos de sua carreira. Mas, além das derrotas seguidas, um outro fator chama atenção neste sábado (3), quando o Fenômeno encara Nate Marquardt no UFC 212, realizado no Rio de Janeiro. Essa será a primeira vez que o lutador brasileiro será coadjuvante em um evento realizado no Brasil.

Composto por cinco combates, o card principal da oitava edição da organização no Rio tem José Aldo e Max Holloway como luta principal -valendo o cinturão dos pesos-pena-, e Cláudia Gadelha e Karolina Kowalkiewicz como segundo duelo mais importante da noite. Belfort x Marquardt é apenas a terceira luta, uma situação inédita para o brasileiro em eventos do UFC no Brasil.

Vitor Belfort é um dos grandes ídolos do MMA brasileiro. Foi ele um dos principais incentivadores para que o esporte se disseminasse, entrasse na televisão e crescesse de uma maneira talvez nunca imaginada pela maioria das pessoas. Ele ainda possui uma legião de fãs. Tudo isso é verdade. Mas a moral já não é mais a mesma. Os resultados dentro do octógono cada vez mais pesam para o brasileiro, e isso ficou claro nesta edição.

Escalado na terceira luta do card principal, Vitor automaticamente ficou fora da promoção central do evento, que, de regra, tem os dois últimos combates da noite como atrações principais. Aldo, Holloway, Claudinha e Karolina são consideradas as estrelas do evento, enquanto Belfort é apenas mais um no Rio de Janeiro -inclusive nos pôsteres e placas do UFC 212. Uma situação difícil de se imaginar há alguns anos atrás.

Belfort lutou oito vezes pelo UFC no Brasil. Em todas, esteve presente ou na principal luta da noite ou pelo menos no co-main event -foi assim em 1997, quando enfrentou Wanderlei Silva em São Paulo, no UFC 142, finalizando Anthony Johnson no Rio de Janeiro e, mais recentemente, na edição 198, em Curitiba, quando caiu para Ronaldo Jacaré.

Nas outras cinco vezes, foi o grande protagonista do evento. Nocauteou Michael Bisping, em São Paulo, Luke Rockhold, em Jaraguá do Sul, e duas vezes Dan Henderson, uma em São Paulo e outra em Goiânia. Na última, em Fortaleza, também era a principal estrela da noite, mas foi nocauteado por Kelvin Gastelum -luta que virou sem resultado após o rival ter sido pego no exame antidoping.

"Graças a Deus, cheguei em um momento da minha carreira que foi o que eu falei: não estou aqui para estar na luta principal ou na segunda mais importante. Não estou aqui para provar nada para ninguém. Estou aqui para competir. É um prazer estar aqui", analisou Belfort ao ser questionado sobre a situação pela reportagem, antes de responder se o fato o ajudaria a aliviar a pressão por um resultado positivo -o que não acontece desde 2015. “É normal. Na realidade, acho que faz parte da vida. Sou um cara muito feliz com o que conquistei, não tenho essa vaidade. Estou feliz, feliz demais de fazer parte disso. Feliz demais de ver o sucesso de José Aldo, dos outros lutadores envolvidos... Ver essa nova geração crescendo, participar disso. É bom estar, depois de 21 anos de carreira, lutando ainda, sendo relevante. Isso é maravilhoso”, concluiu.

UFC 212 - Rio de Janeiro

CARD PRINCIPAL

José Aldo x Max Holloway (peso-pena)

Cláudia Gadelha x Karolina Kowalkiewicz (peso-palha)

Vitor Belfort x Nate Marquardt (peso-médio)

Paulo Borrachinha x Oluwale Bamgbose (peso-médio)

Erick Silva x Yancy Medeiros (meio-médio)

CARD PRELIMINAR

Raphael Assunção x Marlon Moraes (peso-galo)

Antônio Cara de Sapato x Eric Spicely (peso-médio)

Johnny Eduardo x Mathew Lopez (peso-galo)

Iuri Marajó x Brian Kelleher (peso-galo)

Viviane Sucuri x Jamie Moyle (peso-palha)

Luan Chagas x Jim Wallhead (meio-médio)

Marco Beltrán x Deiveson Alcântara (peso-mosca)