Por falta de pagamentos a jogadores, Argentino continua paralisado

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 03/03/2017

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Campeonato Argentino estava previsto para reiniciar na primeira semana de fevereiro, mas até esta sexta-feira (3) continua paralisado devido a recusa dos jogadores em atuar sem receber salários. Muitos não recebem há quatro meses e fazem "bicos" como pintor ou entregador de pizzas.

Os clubes vivem um cenário caótico após o fim do "Fútbol para Todos", programa estatal criado pela ex-presidente Cristina Kirchner, em 2009. O Futebol Para Todos atuava no financiamento de futebol pelo poder público e tinha como principal objetivo transmitir jogos na TV abertas e patrocinar as equipes.

O Nacional estava marcado para reiniciar nesta sexta, com os confrontos entre Rosario Central x Godoy Cruz e San Lorenzo x Belgrano, mas após uma reunião entre a AFA (Associação de Futebol da Argentina) e o sindicato dos jogadores ficou decidido que a paralisação irá continuar.

Para não ficar sem atuar, River e Boca agendaram amistoso para este sábado.

ENCERRAMENTO DE PROGRAMA

O governo da Argentina oficializou nesta quinta-feira a aprovação do pagamento de 350 milhões de pesos (R$ 71 milhões) a título de encerramento do "Futebol Para Todos".

O valor se refere à indenização pelo fim do programa e será utilizado integralmente para quitar dívidas da Federação Argentina de Futebol com clubes.

"[O aporte] Resultará de vital importância para retomada de torneio, de aspectos sociais, econômicos e financeiros na gestão de associações que integram a AFA", apresenta o acordo firmado entre governo e AFA.

Devido à crise no futebol argentino, os principais torneios da Argentina estão em greve. Sem repasse da

O reinício da competição, que teve 14 rodadas disputadas até dezembro o ano passado, ainda não está definido. A previsão era que a bola rolasse nesta sexta-feira, no entanto, o sindicato local de jogadores convocou greve, devido os atrasos de salários em diversos clubes.

O corte do subsídio aos times já fazia parte dos planos do presidente Mauricio Macri. Times argentinos reclamaram por não ter mais uma receita assegurada.