Dinheiro da Crefisa e ano novo chinês ajudam o clube em negociação com Borja

Autor: Da Redação,
terça-feira, 07/02/2017

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Palmeiras retomou, nos últimos dias, a conversa pela contratação de Miguel Ángel Borja, badalado centroavante do Atlético Nacional-COL. Em uma operação de altos valores, o atual campeão brasileiro encara a negociação sob a possibilidade de um desfecho feliz para o torcedor que movimentou as redes sociais do atacante nas últimas horas.

Segundo apuração do UOL Esporte, os US$ 11 milhões (R$ 34 mi) oferecidos por 70% dos direitos econômicos –o Atlético Nacional quer este valor por 50% e ainda negocia -sairiam dos cofres da Crefisa/FAM, principal patrocinadora palmeirense.

O grupo comandado por José Roberto Lamacchia e Leila Pereira possui a ciência dos valores necessários para a contratação de Borja e concordam em ajudar o Palmeiras com a negociação.

O aval definitivo será dado apenas depois de dois fatores: a renovação de contrato, a ser finalizada na próxima semana, e a eleição do casal para o Conselho Deliberativo do clube. A eleição está marcada para o próximo dia 11, e Leila Pereira deve figurar como uma das candidatas com mais votos.

Toda e qualquer negociação neste Palmeiras dependem diretamente da decisão do departamento de futebol. A Crefisa aguarda o posicionamento de Alexandre Mattos e companhia para liberar a verba necessária a fim de ajudar o clube alviverde no mercado.

A participação direta do Palmeiras –um representante da OTB esteve na Colômbia para consultar os valores atualizados por Borja– ocorrerá somente depois do 'sim' da parceira, que trata Borja como um novo presente para o torcedor às vésperas da estreia na Copa Libertadores.

Tudo dependerá, no entanto, de um consenso com o Atlético Nacional. O atual campeão da Libertadores quer baixar os 11 milhões de dólares por apenas metade dos direitos econômicos; os colombianos ainda aguardam uma proposta mais vantajosa do futebol chinês.

No entanto, o próprio staff do jogador enxerga com pessimismo qualquer investimento do oriente. Além do próprio centroavante rejeitar a ideia de atuar na Ásia, as negociações por parte dos clubes se encontram congeladas em virtude do Ano Novo chinês.

O país, que segue o calendário lunar, iniciou as comemorações pelo novo ano no último dia 28. As celebrações se encerram somente no próximo dia 11, com a Festa dos Faróis. Até lá, nenhuma movimentação é prevista, e nenhuma proposta concreta da China chegou aos representantes de Borja.

Estes dois fatores, aliados com o consenso da diretoria do Atlético Nacional, ajudam o Palmeiras a realizar um investimento tratado como improvável. Sem o aporte da Crefisa –o aval deve sair semana que vem– e diante da inércia chinesa, o atual campeão nacional não poderia sonhar em trazer o goleador colombiano.