DANIEL CASTRO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - É certo que Pablo Cuevas já se sente em casa no Brasil, mas a torcida uruguaia nas arquibancadas do Esporte Clube Pinheiros ajudou a criar o clima propício para o título do tenista no Aberto do Brasil, neste domingo (28).
Camisas da seleção de futebol e a bandeira do país deram o tom da festa celeste. O zagueiro são-paulino Diego Lugano também marcou presença para incentivar Cuevas.
Ele definiu o trabalho do tenista como "silencioso e solitário" e lembrou a pouca tradição do país no esporte.
"A gente conhece a história do tenista no Uruguai, e imagino que no Brasil não seja diferente. Ele chegou até aqui sozinho, sem o apoio de ninguém, o que tem ainda mais valor. Nós ficamos felizes em ter um representante do esporte como ele", disse.
Cuevas contou que não é um amigo pessoal do jogador, mas que o conheceu em um treino da seleção, e agradeceu a presença do zagueiro.
Nas arquibancadas, o empresário uruguaio Diego Almeida Pampin, 32, vibrou com a vitória do amigo. Ele conheceu Cuevas quando o atleta ainda estava no juvenil e era o terceiro melhor do país, em um torneio no Clube Esperia, em São Paulo.
Pampin, que mora no Brasil praticamente desde que nasceu, disse que sempre tenta acompanhar os jogos do tenista. Já foi até ao Masters 1.000 de Miami assisti-lo.
Ele lembrou da famosa raça atribuída aos uruguaios para valorizar os feitos do campeão do Aberto do Brasil. Também comentou a presença de Lugano na partida.
"A garra sempre fez diferença na vida do Cuevas. Mesmo sendo um país pequeno, a gente é uma comunidade. O cara [Lugano] poderia estar com a família dele no domingo e vem aqui pela pátria, pela bandeira. É isso que faz o Uruguai um país diferente", afirmou.