Brasileiro na Fifa, Sarney aponta xeque como favorito em eleição

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 24/02/2016

SÉRGIO RANGEL, ENVIADO ESPECIAL
ZURIQUE, SUÍÇA (FOLHAPRESS) - O xeque Salman bin Ebrahim al-Khalifa, do Bahrein, já é apontado como favorito para ganhar a eleição da Fifa. A opinião é do representante brasileiro no Comitê Executivo da Fifa, Fernando Sarney. A votação vai acontecer nesta sexta (16), em Zurique.
A declaração de Sarney foi dada no final do jantar dos brasileiros com cartolas da América do Sul em restaurante de Zurique na noite de terça-feira (23).
Depois de selar um acordo em favor do suíço Gianni Infantino, os países do continente avaliam trocar o seu voto   
Al-Khalifa tem apoio de quase todos os países da Ásia e fechou um acordo com os líderes da Confederação Africana de Futebol, entidade que controla o continente com o maior colégio eleitoral (veja o número de votos de cada continente abaixo).
Depois do jantar em Zurique, os cartolas da América do Sul deixaram o restaurante sem declarar publicamente o voto.
"Isso é um segredo", disse ironicamente o presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Alejandro Domínguez, apesar de a entidade ter anunciado em janeiro apoio a Infantino.
Até o início desta semana, o ex-secretário-geral da Uefa era considerado favorito. Infantino tinha o apoio dos países europeus e da América do Sul.
O francês Jérôme  Champagne, o jordaniano Ali Bin Al Hussein e o sul-africano Tokyo Sexwale também disputam o cargo.
Antes da eleição, os dirigentes da América do Sul vão se encontrar com o xeque em Zurique para discutir o futuro da entidade.
Membro da família real do Bahrein, o presidente da Federação Asiática de Futebol foi um dos principais articuladores da candidatura vitoriosa do Qatar ao Mundial de 2022.
Ele integra o comitê de finanças da Fifa. Sua candidatura é criticada por organizações que defendem os direitos humanos. As entidades acusam o dirigente de ajudar as autoridades do seu país na perseguição a atletas que participaram de manifestação em favor da democracia em 2011. Ele nega.