SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O título no Aberto da Austrália conquistado neste domingo (31) rendeu a Novak Djokovic, 28, sua décima taça de Grand Slam nesta década.
O número, se isolado, pode parecer vago. Mas as conquistas do sérvio já o aproximam de lendas do passado -como o norte-americano Pete Sampras- e do presente -como Roger Federer- em termos de domínio.
A bem da verdade, Djokovic tem tudo para impor nesta década a maior soberania já vista na história do tênis. Além das dez taças desde 2011, também conquistou uma do Aberto da Austrália em 2008.
Seus dez troféus de Grand Slam obtidos desde 2011 só ficam atrás do que Sampras faturou entre 1991 e 2000 (12) e do que Federer amealhou entre 2001 e 2010 (15).
Ele já tem números superiores aos dos maiores campeões da década de 1970 (Björn Borg, com oito láureas) e 1980 (Ivan Lendl e Mats Wilander, com sete).
Favoritíssimo nos três torneios restantes deste ano -Roland Garros, Wimbledon e Aberto dos EUA-, o sérvio pode ultrapassar o norte-americano e encostar no suíço, que ainda está na ativa, mas não vence um Slam desde 2012.
Em 2015, Djokovic ficou perto de levantar a taça de todos os quatro grandes campeonatos. Porém, acabou derrotado na decisão em Roland Garros para outro suíço, Stan Wawrinka, por 3 sets a 1.
Nesta temporada, ele estabeleceu como obsessão triunfar em Paris.
"Roland Garros é o único Grand Slam que nunca venci. Vou tentar me pôr em boa situação para conquistá-lo desta vez", disse o número 1 do mundo nesta segunda-feira (1º).
Ele já chegou três vezes à final do torneio disputado no saibro, e sempre saiu derrotado.
Se for bem-sucedido, Djokovic conquistará o quarto Slam na sequência, uma façanha.
"Vou chamá-lo [o feito] de Djoker Slam, se conseguir", brincou, fazendo referência ao seu apelido.
"Sem dúvida eu tenho jogado o melhor tênis de minha vida, nestes últimos 15 meses. Os resultados mostram isso. Eu apenas tento manter o bom momento", afirmou.