Fluminense lucra mais com Gerson do que Corinthians com desmanche

Autor: Da Redação,
terça-feira, 12/01/2016

BERNARDO GENTILE E DASSLER MARQUES
RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Renato Augusto, Jadson, Vagner Love, Cássio e Ralf deixaram o Corinthians em busca de grana no exterior. Enquanto os jogadores ficaram com os bolsos cheios, o time alvinegro não lucrou tanto assim. Os cinco atletas, juntos, renderam R$ 41,5 milhões ao time paulista. O valor é inferior ao que Fluminense recebeu por Gerson.
Vendido à Roma por 16 milhões de euros (cerca de R$ 60 milhões), Gerson rendeu R$ 42 milhões ao Fluminense, que tinha 70% dos direitos econômicos do atleta. O dinheiro será recebido em quatro parcelas, divididas até o fim de 2016. Para ter força na montagem do elenco, o Tricolor adiantou parte da verba e pagará a dívida assim que receber do clube italiano.
A quantia recebida pelo Fluminense por Gerson, portanto, é maior do que a de todos os corintianos vendidos neste início do ano. Renato Augusto foi o mais caro das negociações, custando R$ 35 milhões ao chinês Beijing Guoan. O time paulista tinha 50% dos direitos econômicos e levou R$ 17,5 milhões.
Logo em seguida apareceuJadson, que defenderá o Tiajin Quanjian. Os chineses desembolsaram R$ 22 milhões. O Corinthians ficou com apenas 30% (R$ 6,6 milhões) do total. Cássio, por sua vez, deve ser negociado com o turco Besiktas, que oferece R$ 15 milhões pelo goleiro. O Corinthians deverá ficar com 60% do valor, o equivalente a R$ 9 milhões.
Por fim, aparecem Ralf e Vagner Love, únicos jogadores no qual o Corinthians tinha 100% dos direitos econômicos. Para azar do clube, ambos renderam R$ 4,2 milhões, cada, aos cofres. Somando todos os atletas, o clube ficou com R$ 41,5 milhões.
E a situação não deve mudar para os próximos anos. Isso porque no Corinthians, as principais promessas foram fatiadas e, em caso de negociação nos próximos meses, devem deixar uma porcentagem menor nos cofres do clube.
Titulares no Campeonato Brasileiro 2015, o atacante Malcom (30%) e o lateral esquerdo Guilherme Arana (40%) são os principais exemplos dessa política. Toda a parte restante dos direitos econômicos da dupla está com o empresário Fernando Garcia e os parceiros Thiago Ferro, Guilherme Miranda e Nílson Moura. Maior promessa da base, o meia Matheus Pereira tem só 5% de direitos nas mãos do Corinthians.
Situação diferente da do Fluminense, que conta com a maioria dos direitos econômicos em grande parta das principais joias. É o que ocorre com Marlon e Marcos Júnior, por exemplo. O time tricolor tem 60% dos direitos de ambos. Única exceção é Gustavo Scarpa -apenas 45% dos valores de uma possível venda irão para o Flu.