Santos busca parceiro para pagar salário de Robinho

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 01/01/2016

SAMIR CARVALHO
SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ‘ano é novo‘, mas o sonho do Santos continua sendo antigo. A reportagem apurou que a diretoria santista busca parceiros no mercado do futebol para contratar o atacante Robinho, ídolo do clube. A ideia é que o interessado pague 100% do ordenado do atleta, que está de volta ao Brasil após passagem ‘apagada‘ no futebol chinês.
A cúpula alvinegra conversou recentemente com Robinho e seus representantes e descobriu que o jogador desistiu de receber um salário milionário para atuar no futebol brasileiro. Mesmo assim, o atacante é considerado ‘caro‘ para o clube. Isso porque o Santos implantou uma política de não pagar mais do que R$ 250 mil para seus atletas. Apenas o meia Lucas Lima ultrapassa este valor atualmente na Vila Belmiro.
No caso de Robinho, a diretoria santista não deseja gastar nenhum centavo na transação. Inicialmente, a ideia é encontrar um investidor interessado em pagar o salário integral do jogador e que o mesmo aceite receber o retorno em ações de marketing.
Por conta disso, o presidente Modesto Roma considera a volta de Robinho ‘um sonho de uma noite de verão‘. O dirigente, inclusive, trabalha em outras frentes, como a chegada do atacante Paulinho, do Flamengo, que deve jogar por empréstimo até o fim deste ano na Vila Belmiro.
‘Sempre temos sonhos de uma noite de verão. Robinho é um sonho de uma noite de verão. Santos não consegue pagar o salário do Robinho. Estamos procurando atletas, não falamos enquanto não tivermos contrato assinado. Esperamos poder apresentar alguns jogadores a vocês no começo do ano‘, disse o dirigente.
Antes de acertar a sua transferência para o futebol chinês após o término do Campeonato Paulista do ano passado, Robinho pediu R$ 1 milhão por mês de salário para permanecer no clube, além de luvas milionárias. A diretoria santista aceitou pagar R$ 900 mil, e o acordo só não foi fechado devido à proposta irrecusável dos chineses ao atleta. Na época, o fato de os dirigentes aceitarem ‘gastar o que não tem‘ por Robinho gerou muitas críticas de conselheiros e opositores na Vila Belmiro.