CBF revive tradição gaúcha com convite a Mano

Autor: Da Redação,
sábado, 24/07/2010
Mano Menezes

O convite da CBF a Mano Menezes para ele ser o treinador da seleção brasileira até a Copa do Mundo de 2014 deve dar ao time o terceiro técnico gaúcho em oito anos, mas o atual comandante do Corinthians apresenta características diferentes de Luiz Felipe Scolari, que levou o time ao título mundial em 2002, e Dunga, treinador no torneio neste ano.

A tradição de técnicos gaúchos assumindo a seleção, contudo, não deverá deve significar uma repetição de esquema tático. Enquanto Felipão utilizou um 3-5-2 no pentacampeonato, Dunga optou pelo 4-4-2 defensivo, com três volantes, em 2010. Já Mano, apesar de ter como característica times aguerridos, foi campeão paulista e da Copa do Brasil, em 2009, jogando com três atacantes.

Apesar de ter a mesma origem que o último técnico, Mano Menezes se caracteriza pela paciência no trato com a imprensa e a ponderação ao falar, mesmo diante de situações difíceis e possíveis polêmicas.

A própria CBF, no comunicado que emitiu assumindo o convite a Mano Menezes, indicou quais eram as características que espera do treinador.

- Mano Menezes atende plenamente ao projeto traçado pela CBF. Técnico que conquistou o respeito pelo seu trabalho à frente do Grêmio e agora no Corinthians, marca a sua trajetória pelo equilíbrio e tem como característica o fato de aproveitar e lançar jovens jogadores.
 

O equilíbrio do treinador é um aspecto que a CBF buscava. Após os problemas com a imprensa na “Era Dunga”, Mano pode trazer ares mais tranquilos para o banco de reservas. Neste ano, mesmo diante da eliminação do Corinthians da Copa Libertadores no ano do centenário, o treinador manteve a postura cordata e colocou o time na liderança do Campeonato Brasileiro durante oito rodadas.

Se Dunga não abria espaço para questionamentos dos jogadores, Mano tem uma postura diferente, mais aberta ao diálogo. O outro gaúcho que assumiu na seleção na última década, Felipão, caracterizou-se pela chamada “Família Scolari”, fechando o grupo com jogadores de bom relacionamento entre si, tática também utilizada por Menezes no Timão.